segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Estresse


            São reações que causam desgaste físico e mental, que acontecem devido à diferentes tipos de estímulos externos capazes de alterar o equilíbrio interno do indivíduo. Em outras palavras, o estresse seja ele de natureza física, psicológica ou social, é composto de reações fisiológicas que, se exageradas em intensidade ou duração, podem levar a um desequilíbrio no organismo.

            O estresse é comumente confundido com o cansaço que ocorre devido à muito trabalho, trânsito pesado, filas de banco e atividades domésticas, mas este desgaste pode ser resolvido simplesmente com uma boa noite de sono. A reação ao estresse, na verdade, é uma atitude biológica necessária para a adaptação à situações novas. Esta atitude pode ser benéfica e produtiva em certas circunstâncias (em pequenas doses), como fugas, lutas, situações de perigo, provas, entre outros. Mas passa a ser prejudicial à saúde quando o organismo é exposto a estímulos estressores continuamente.



             As causas desta doença, podem estar relacionadas com qualquer situação ou sensação que faz com que a pessoa se senta frustrada, irritada ou ansiosa. Muitas desenvolvem o estresse quando precisam fazer grandes mudanças ou adaptações em suas vidas, como por exemplo: Começar em um emprego novo ou escola nova, mudar-se para uma casa nova, casar-se, ter um filho, terminar um relacionamento, ou também uma doença ou lesão própria, de um amigo ou de um ente querido. O estresse e a ansiedade também podem estar relacionados com a depressão e tristeza. Há ainda algumas drogas recreativas ou medicinais que podem provocar ou piorar os sintomas de estresse, devido aos seus efeitos colaterais ou à interrupção do seu uso. Estas podem incluir: alguns medicamentos inalados usados para tratar asma, medicamentos para tireoide, medicamentos para TDAH, algumas pílulas dietéticas, alguns remédios para resfriado, produtos com cafeína, cocaína, álcool e tabaco. Uma dieta inadequada, por exemplo, com nível baixo de vitamina B12, também pode contribuir para o estresse e a ansiedade. Em casos muito raros, um tumor na glândula suprarrenal (feocromocitoma) pode causar ansiedade ou sintomas semelhantes ao estresse.



            O estresse pode ser dividido em dois tipos básicos:
- O estresse crônico, aquele que afeta a maioria das pessoas, sendo constante no dia a dia mas de uma forma mais suave.
- O estresse agudo, mais intenso e curto, sendo causado normalmente por situações traumáticas mas passageiras como a depressão na morte de um parente.

            Cada pessoa possui uma tolerância, resistência e vulnerabilidade diferentes ao estresse. Estas diferenças, somadas com predisposições genéticas,  fazem com que as pessoas desenvolvam os sintomas diferentes, em momentos diferentes e por causas diferentes. As pessoas podem apresentar sintomas relacionados ao estresse de forma diferenciada, pois a vulnerabilidade psicológica varia, de acordo com a estrutura psíquica de cada indivíduo. Entre as principais manifestações desta doença estão: tristeza, dor de cabeça, grande agitação, constantes crises de tensão e angústia, diminuição da produtividade, isolamento, mau humor, medo, síndrome do colon irritavel, sudorese intensa, irritação, incapacidade de domínio sobre as emoções, úlceras, ranger constante dos dentes, problemas de pele e unhas, queda de cabelo. Além de dores no abdome, cefaleias, tensão muscular ou dor, batimento fora do ritmo, respiração acelerada, sudorese, tremores, tontura, fezes soltas, necessidade frequente de urinar, boca seca, problemas para engolir, entre outros. É possível que o paciente apresente também dificuldade de concentração, sensação de cansaço a maior parte do tempo ou perda de controle mais frequente. O estresse pode ainda provocar atrasos na menstruação e problemas sexuais, além de problemas para adormecer ou permanecer dormindo e pesadelos.

            Quando os sintomas da patologia persistem por um longo intervalo de tempo, podem ocorrer sentimentos de evasão (ligados à ansiedade e depressão). Os nossos mecanismos de defesa passam a não responder de uma forma eficaz, aumentando assim a possibilidade de vir a ocorrer doenças, especialmente cardiovasculares. Estar atento a estes possíveis sintomas, é uma atitude saudável e preventiva para todos aqueles que no atual contexto do mundo moderno estão sujeitos a situações estressantes.          



            O diagnóstico de uma pessoa que está sofrendo com o estresse pode ser feito por um profissional da saúde, como um médico ou psicólogo, através da observação do paciente e investigação do estado emocional do mesmo.

            O tratamento, apesar de não ser igual para todos, é resumido em uma mudança do estilo de vida, basicamente mantendo uma alimentação saudável e balanceada, dormindo o suficiente e praticando exercícios físicos. Além disso, limite a ingestão de cafeína e álcool e não use nicotina, cocaína ou outras drogas ilícitas.

            Encontrar maneiras saudáveis e divertidas para lidar com esta doença também ajuda a maioria das pessoas, tanto para tratar, quando para prevenir situações de estresse. Algumas dicas são:
- Aprender meios de relaxar e praticá-los;
- Fazer pausas no trabalho;
- Equilibrar atividades divertidas com o trabalho e tarefas familiares;
- Programar um tempo de lazer todos os dias;
- Passar um bom tempo com as pessoas de quem você gosta, incluindo a sua família;
- Tentar aprender a tocar um instrumento, aprender novas atividades ou ouvir música.
- Reflitir sobre o que pode estar causando o seu estresse;
- Ter alguém de confiança para escutá-lo, pois muitas vezes conversar com um amigo ou ente querido é tudo o que você precisa para se sentir melhor.
- Manter um diário com informações sobre o que acontece quando você passa por momentos de estresse, além de seus progressos com as novas atividades de descontração.

            Prevenir o estresse não tem nenhum segredo, basta que se tenha uma boa qualidade de vida social, sabendo conciliar a tensão da rotina de trabalho, as horas de lazer e as atividades físicas.






Dr. Aramis Pedro Teixeira - Neurocirurgião (CRM 15844)
Ine - Instituto de Neurocirurgia Evoluir
(45) 3025-3585 / (45) 3029-3460 - Foz do Iguaçu

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Acupuntura





             A acupuntura ou acupunctura (do latim acus - agulha e punctura – colocação) é um ramo da medicina tradicional chinesa e, de acordo com a nova terminologia da OMS - Organização Mundial da Saúde, um método de tratamento complementar.

            De acordo com a cultura  oriental, a Acupuntura funciona da seguinte forma: a energia vital, denominada energia Qi, flui através de canais no corpo. Esta energia pode ser influenciada e equilibrada pela estimulação de pontos específicos do corpo. Estes pontos estão localizados ao longo dos canais de energia conhecidos como meridianos, que ligam nossos órgãos principais. Segundo a teoria da Medicina Chinesa, a doença surge quando o fluxo cíclico de Qi nos meridianos se torna desequilibrado ou é bloqueado.  



            Já Segundo a cultura ocidental, Acupuntura é a estimulação de pontos específicos do corpo, localizados na superfície da pele. Esta estimulação tem a capacidade de alterar diferentes condições fisiológicas e bioquímicas a fim de se obter o efeito desejado.
Acredita-se que a acupuntura provavelmente funcione pelo estímulo do sistema nervoso central (o cérebro e a medula espinhal) para que sejam liberados compostos químicos chamados de neurotransmissores e hormônios. Tais compostos aliviam a dor, dão impulso ao sistema imunológico e regulam várias funções corporais. No caso da acupuntura seriam as endorfinas e hormônios que ajudam a aliviar a dor.



            Os pontos de Acupuntura são áreas de sensibilidade, nas quais são introduzidas agulhas a fim de estimular vários receptores sensoriais que, por sua vez, estimulam os nervos que transmitem impulsos para o hipotálamo e a hipófise na base do cérebro.

Estudos mostram que o estímulo pela acupuntura pode acionar o hipotálamo e as glândulas pituitárias, responsáveis pela liberação de endorfinas e neurotransmissores, resultando num amplo espectro de efeitos sistêmicos, aumentando a taxa de secreção de neurotransmissores e neuro-hormônios, melhorando o fluxo sanguíneo e estimulando a função imunológica.

Estima-se que as endorfinas são 200 vezes mais potentes do que a morfina. As endorfinas também desempenham um papel importante no funcionamento do sistema hormonal. 
As substâncias liberadas nas sessões de Acupuntura não só causam relaxamento em todo o corpo, como também regulam a serotonina no cérebro. É por isso que a depressão é muitas vezes tratada com Acupuntura.





 
            
               As doenças mais comuns apresentadas aos acupunturistas são aquelas que se relacionam com alguma dor, por exemplo, artrite, dores nas costas, no pescoço, nos joelhos, nos ombros, tendinite e ciática. 
A acupuntura pode ainda auxiliar no  tratamento com sucesso de uma grande variedade de problemas, dentre eles:


Problemas na face como Paralisia de Bell; 
Problemas circulatórios; 
Pressão alta;
 Angina;
Doenças gastrointestinais;
 Síndrome do intestino irritado;

 Obstipação;

Úlceras nervosas,; Gastrite;
 Inchaço abdominal;
 Problemas ginecológicos; 
Síndrome pré-menstrual (SPM);
Menstruação irregular ou dolorosa;
 Menopausa; 
Complicações na gravidez/enjôo; 
Pedras nos rins;
Impotência;
Infertilidade em homens e mulheres;
Disfunção sexual;

Doenças imunológicas;
 Fadiga crônica;
 Alergias;

 Dependência química; 
Cessação de tabaco; 
Drogas;
 Álcool;
 
Problemas emocionais e psicológicos;
 Ansiedade;
 Insônia;
 Depressão;
Estresse;
 
Afecções musculoesqueléticas e distúrbios neurológicos; 

Nevralgia Ciática
; Dores nas costas;
 Tendinite;
 Torcicolo;
 Nevralgia;
 Dores de cabeça e enxaqueca;
Espasticidade por AVC;
 Paralisia cerebral; 
Espasmos musculares, entre diversos outros.

            A Acupuntura é também frequentemente usada como uma medicina preventiva.  Muitas pessoas vêem seu acupunturista de duas a quatro vezes ao ano, para uma espécie de "sintonia" ou "balanceamento" do corpo.  Isso pode prevenir doenças e promover a saúde, energia e vitalidade.

A Acupuntura e a Medicina Chinesa são extremamente bem sucedidas no tratamento de uma variedade de doenças.  Muitas pessoas comentem o erro de optar pela Acupuntura e pela Medicina Oriental como um "último recurso", quando os problemas de saúde já são graves e difíceis de tratar.

O acupunturista terá que observar o diagnóstico inicial para determinar se a Medicina Oriental poderá realmente surtir efeito. Cada caso é único e é difícil determinar a eficácia da Acupuntura sem uma avaliação completa, mas o importante é que é uma ótima alternativa como tratamento coadjuvante.





Dr. Aramis Pedro Teixeira - Neurocirurgião (CRM 15844)
Ine - Instituto de Neurocirurgia Evoluir
(45) 3025-3585 / (45) 3029-3460 - Foz do Iguaçu

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Osteopatia



                                                
            Osteopatia é um método de tratamento que se baseia em um diagnóstico diferencial, bem como no tratamento de várias patologias, e prevenção da saúde, sem o recurso a fármacos ou cirurgia. A Osteopatia enfatiza a sua ação centrada no paciente, ao invés do sistema convencional centrado na doença. Possui metodologia e filosofia própria, que visa restabelecer a função das estruturas e sistemas corporais, agindo através da intervenção manual sobre os tecidos (articulações, músculos, fáscias, ligamentos, cápsulas, vísceras, tecido nervoso, vascular e linfático). Foi criada pelo médico americano Andrew Taylor Still por alturas da guerra civil americana nos finais do séc. XIX. Foi através da observação e investigação que fez uma correlação entre as patologias e a sua manifestações físicas.

            É considerada uma das disciplinas da medicina alternativa, ou terapêutica não convencional, uma vez que seus princípios filosoficos são diferentes dos da medicina convencional. Os tratamentos usam uma abordagem holística da saúde, considerando que a capacidade de recuperação do corpo pode ser aumentada pela estimulação das articulações. Na prática, os tratamentos da osteopatia estão enfocados em dores nas costas, pescoço e demais articulações.


            Dentro da filosofia osteopática a importância dada aos processos naturais do corpo é enorme e, por esse motivo, grande parte dos conceitos osteopáticos e mesmo seus procedimentos de tratamento são pautados nos mecanismos reguladores do sistema nervos o central e autônomo, ou seja, na intervenção terapêutica do fisioterapeuta e osteopata.

            Através de técnicas manuais, a osteopatia tem como objetivo restabelecer a mobilidade perdida e dar equilíbrio ao sistema musculoesquelético, sacro-cranial e visceral, mantendo a elasticidade do tecido conjuntivo em todos os seus sistemas.



            Alguns dos princípios deste tipo de tratamento são:
1- A estrutura (ossos, músculos, órgãos, etc.) está reciprocamente inter-relacionada com funções dos vários sistemas do corpo humano. O sistema neuro-músculo-esquelético é regulador de todos os outros sistemas. Disfunções dos componentes somáticos podem não ser só uma manifestação de doença, mas um fator que contribui para a própria doença.
2- O organismo tem a capacidade de se auto-regular e curar, uma vez eliminados os obstáculos que promovem a doença.
3- O sangue transporta todos os nutrientes necessários ao funcionamento saudável dos tecidos. Uma boa circulação vascular é essencial para o bom funcionamento do organismo.
4- O corpo é uma unidade em movimento. O fluxo nervoso, vascular, linfático, nervoso é crucial para a manutenção da saúde.

            Esta Terapêutica usa o aparelho músculo-esquelético para “manipular” os vários tecidos (ósseo, conjuntivo, neural, etc.) com o objetivo de criar integridade, liberdade e coordenação de movimento, aumentando o fluxo sanguíneo, a drenagem de toxinas e o reequilíbrio de regulação dos tecidos via sistema nervoso.


            É bom receber um tratamento osteopático após um período difícil durante o qual fomos mal tratados tanto física como moralmente. É nesses períodos que o nosso corpo acumula tensões. Libertar essas tensões uma vez ultrapassada a dificuldade permite uma recuperação rápida em todos os planos. A seguir são enumeradas alguns exemplos de situações nas quais um osteopata é uma ajuda eficaz:
-       - Durante a gravidez e depois do parto, ainda que tenha decorrido sem problemas;
-       - Depois do nascimento e durante a infância, no decorrer de mudanças importantes na vida da criança ou quando manifesta através do comportamento dificuldades de adaptação não habituais nela;
-       - Depois de um importante traumatismo, ainda que não tenha nenhuma ferida aparente (quedas, acidentes de carro, etc.);
-       - Depois de uma intervenção cirúrgica ou médica traumatizante (tratamentos dentais, extracções dificeis, etc.);
-       - Antes da colocação de um aparelho dental, durante todo o tratamento e depois da retirada do aparelho;
-      -  Durante ou depois de um período particularmente estressante ou de esgotamento físico e/ou intelectual ou de um período emocional difícil;
-       - Depois de qualquer doença aguda que tenha requerido a toma de medicamentos.
-      -  Quando as pessoas apresentam importantes desequilíbrios do organismo nos planos locomotor, hepático e digestivo. Por exemplo, os antibióticos algumas vezes indispensáveis alteram o sistema digestivo e o fígado.
-       - Quando o individuo sente a necessidade ou o desejo de tratar-se. O corpo, se já recebeu cuidados osteopáticos, será mais sensível ao tratamento que lhe permitirá reencontrar o equilíbrio.

            Para realizar o diagnostico, em uma consulta o osteopata começa por analisar a historia clínica do paciente, avaliando a sua condição esqueletico-muscular, a mobilidade do corpo, áreas de fragilidade, tensão ou lesões.
Também aspectos relacionados com estilo da vida, deste o trabalho ás atividades de lazer, são importantes nesta fase de diagnostico, para determinar o tratamento mais adequado.

            O tratamento osteopático baseia-se na manipulação, massagem, estimulação neuromuscular e harmonização dos sistemas funcionais de todo o corpo, efetuado com mãos de Osteopata. Em muitos dos casos osteopata trata dores das costas, de um modo geral resultantes de perturbações mecânicas na coluna devido a tenções de postura ou lesões nos discos. As dores da cabeça podem ter origem na rigidez e tenção do pescoço e, em muitos casos podem ser melhorados com tratamentos osteopaticos.