O estresse é comumente confundido
com o cansaço que ocorre devido à muito trabalho, trânsito pesado, filas de
banco e atividades domésticas, mas este desgaste pode ser resolvido simplesmente
com uma boa noite de sono. A reação ao estresse, na verdade, é uma atitude
biológica necessária para a adaptação à situações novas. Esta atitude pode ser
benéfica e produtiva em certas circunstâncias (em pequenas doses), como fugas,
lutas, situações de perigo, provas, entre outros. Mas passa a ser prejudicial à
saúde quando o organismo é exposto a estímulos estressores continuamente.
As causas desta
doença, podem estar relacionadas com qualquer situação ou sensação que faz com
que a pessoa se senta frustrada, irritada ou ansiosa. Muitas desenvolvem o
estresse quando precisam fazer grandes mudanças ou adaptações em suas vidas,
como por exemplo: Começar em um emprego novo ou escola nova, mudar-se para uma
casa nova, casar-se, ter um filho, terminar um relacionamento, ou também uma
doença ou lesão própria, de um amigo ou de um ente querido. O estresse e a
ansiedade também podem estar relacionados com a depressão e tristeza. Há ainda algumas
drogas recreativas ou medicinais que podem provocar ou piorar os sintomas de
estresse, devido aos seus efeitos colaterais ou à interrupção do seu uso. Estas
podem incluir: alguns medicamentos inalados usados para tratar asma, medicamentos
para tireoide, medicamentos para TDAH, algumas pílulas dietéticas, alguns
remédios para resfriado, produtos com cafeína, cocaína, álcool e tabaco. Uma
dieta inadequada, por exemplo, com nível baixo de vitamina B12, também pode
contribuir para o estresse e a ansiedade. Em casos muito raros, um tumor na
glândula suprarrenal (feocromocitoma) pode causar ansiedade ou sintomas
semelhantes ao estresse.
O estresse pode ser dividido em dois
tipos básicos:
- O estresse crônico, aquele que afeta a maioria das pessoas,
sendo constante no dia a dia mas de uma forma mais suave.
- O estresse agudo, mais intenso e curto, sendo causado
normalmente por situações traumáticas mas passageiras como a depressão na morte
de um parente.
Cada pessoa possui uma tolerância,
resistência e vulnerabilidade diferentes ao estresse. Estas diferenças, somadas
com predisposições genéticas, fazem com
que as pessoas desenvolvam os sintomas diferentes, em momentos diferentes e por
causas diferentes. As pessoas podem apresentar sintomas relacionados ao estresse
de forma diferenciada, pois a vulnerabilidade psicológica varia, de acordo com
a estrutura psíquica de cada indivíduo. Entre as principais manifestações desta
doença estão: tristeza, dor de cabeça, grande agitação, constantes crises de
tensão e angústia, diminuição da produtividade, isolamento, mau humor, medo,
síndrome do colon irritavel, sudorese intensa, irritação, incapacidade de domínio
sobre as emoções, úlceras, ranger constante dos dentes, problemas de pele e
unhas, queda de
cabelo. Além de dores no abdome, cefaleias, tensão muscular ou dor,
batimento fora do ritmo, respiração acelerada, sudorese, tremores, tontura, fezes
soltas, necessidade frequente de urinar, boca seca, problemas para engolir,
entre outros. É possível que o paciente apresente também dificuldade de
concentração, sensação de cansaço a maior parte do tempo ou perda de controle
mais frequente. O estresse pode ainda provocar atrasos na menstruação e problemas
sexuais, além de problemas para adormecer ou permanecer dormindo e pesadelos.
Quando os sintomas da patologia
persistem por um longo intervalo de tempo, podem ocorrer sentimentos de evasão
(ligados à ansiedade e depressão). Os nossos mecanismos de defesa passam a não
responder de uma forma eficaz, aumentando assim a possibilidade de vir a
ocorrer doenças, especialmente cardiovasculares. Estar
atento a estes possíveis sintomas, é uma atitude saudável e preventiva para
todos aqueles que no atual contexto do mundo moderno estão sujeitos a situações
estressantes.
O diagnóstico de uma pessoa que está
sofrendo com o estresse pode ser feito por um profissional da saúde, como um
médico ou psicólogo, através da observação do paciente e investigação do estado
emocional do mesmo.
O tratamento, apesar de não ser
igual para todos, é resumido em uma mudança do estilo de vida, basicamente mantendo
uma alimentação saudável e balanceada, dormindo o suficiente e praticando
exercícios físicos. Além disso, limite a ingestão de cafeína e álcool e não use
nicotina, cocaína ou outras drogas ilícitas.
Encontrar maneiras saudáveis e
divertidas para lidar com esta doença também ajuda a maioria das pessoas, tanto
para tratar, quando para prevenir situações de estresse. Algumas dicas são:
- Aprender meios
de relaxar e praticá-los;
- Fazer pausas no
trabalho;
- Equilibrar
atividades divertidas com o trabalho e tarefas familiares;
- Programar um
tempo de lazer todos os dias;
- Passar um bom tempo com as pessoas de quem você gosta, incluindo a sua família;
- Passar um bom tempo com as pessoas de quem você gosta, incluindo a sua família;
- Tentar aprender
a tocar um instrumento, aprender novas atividades ou ouvir música.
- Reflitir sobre o
que pode estar causando o seu estresse;
- Ter alguém de
confiança para escutá-lo, pois muitas vezes conversar com um amigo ou ente
querido é tudo o que você precisa para se sentir melhor.
- Manter um diário
com informações sobre o que acontece quando você passa por momentos de
estresse, além de seus progressos com as novas atividades de descontração.
Prevenir o estresse não tem nenhum
segredo, basta que se tenha uma boa qualidade de vida social, sabendo conciliar
a tensão da rotina de trabalho, as horas de lazer e as atividades físicas.
Dr. Aramis Pedro Teixeira - Neurocirurgião (CRM 15844)
Ine - Instituto de Neurocirurgia Evoluir
(45) 3025-3585 / (45) 3029-3460 - Foz do Iguaçu
Adorei Dr este seu Blog foi muito util para me ajudar em minhas materias.
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