quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Trombose



            É um distúrbio vascular causado pela formação excessiva de coágulos de sangue (trombo) dentro de um vaso sanguíneo (veia ou artéria), que impedem ou interrompem o fluxo de sangue. A trombose é mais comum em adultos com mais de 60 anos, mas podem ocorrer em qualquer idade.


                                  - Entendendo com funciona a Trombose

           Quando sofremos um corte, o sangue escorre um pouco e para em seguida. Isso ocorre porque o corpo humano é dotado de um sistema de coagulação altamente eficaz. As plaquetas, por exemplo, convergem para o local do ferimento e formam um trombo para bloquear o sangramento. Decorrido algum tempo, esse trombo se dissolve, o vaso é recanalizado e a circulação volta ao normal.

            Há pessoas que apresentam distúrbios de hemostasia e formam trombos (coágulos) num lugar onde não houve sangramento. Em geral, eles se formam nas veias grandes no segmento inferior das pernas e das coxas. 



            Estes coágulos formados bloqueiam parte do vaso onde se iniciaram e podem obstruir a circulação no local, causando inchaço e dor.  Como sua estrutura é sólida e amolecida, na pior das hipóteses, um fragmento pode desprender-se e seguir o trajeto da circulação venosa que retorna aos pulmões para o sangue ser oxigenado.


            Nos pulmões, conforme o tamanho do trombo, pode ocorrer um entupimento – a embolia pulmonar – uma complicação grave que pode causar morte súbita. Estes trombos podem, ainda, chegar até o coração (infarto) e até mesmo no cérebro (AVC).

 

                                     - Causas

            A formação do trombo é geralmente causada por um dano nas paredes do vaso, ou ainda por um trauma ou infecção, e também pela lentidão ou estagnação do fluxo sanguíneo, ocasionado por alguma anomalia na coagulação sanguínea.

            Os coágulos de sangue podem se formar quando algo retarda ou altera o fluxo de sangue nas veias. Os fatores de risco incluem:
- Após um cateter de marcapasso ter sido passado através da veia na virilha
- Repouso absoluto
- Dificuldade de movimentação durante viagens longas em aviões e ônibus
- Hábito de fumar
- Histórico familiar de coágulos sanguíneos
- Varizes
- Fraturas na pélvis ou nas pernas
- Parto nos últimos 6 meses
- Terapia de reposição hormonal
- Insuficiência cardíaca
- Obesidade
- Cirurgia recente (especialmente após cirurgias ortopédicas;)
- Imobilidade provocada por prolongadas internações hospitalares;
- Glóbulos sanguíneos em excesso sendo produzidos pela medula óssea (policitemia vera), tornando o sangue mais denso e lento do que o normal

            Você também tem mais probabilidade de desenvolver TVP se você tiver alguma das seguintes condições:
- Sangue que tem mais propensão de coagular (hipercoagulabilidade)
- Câncer
- Tomar estrogênios ou pílulas anticoncepcionais. Este risco é ainda maior se você fumar.

            Ficar sentado por períodos longos ao viajar também pode aumentar o risco de TVPs. É mais provável quando um ou mais dos fatores de risco listados acima também estejam presentes.

            Existem ainda três tipos de circunstâncias, que favorecem a formação de uma trombose:
- Lesões na parede dos vasos sanguíneos: Entre as doenças que mais frequentemente provocam lesões na parede dos vasos sanguíneos e que favorecem o surgimento de tromboses, a mais importante é a aterosclerose, ou seja, a formação de placas de ateroma no interior das artérias. No entanto, também é preciso destacar a diabetes - quando não é tratada adequadamente, provoca lesões características na parede dos pequenos e médios vasos sanguíneos.

- Alteração do fluxo sanguíneo: Ocorre em várias doenças e condições em que se observa um abrandamento do fluxo sanguíneo, tal como nas varizes, insuficiência cardíaca, velhice ou repouso absoluto durante períodos prolongados de tempo. Pode ocorrer igualmente em doenças que provocam turbulência ou aumento da velocidade da corrente sanguínea, como na hipertensão arterial, em determinadas valvulopatias (nomeadamente, a estenose mitral) e em determinadas arritmias cardíacas (sobretudo a fibrilação auricular).

- Aumento da viscosidade sanguínea: Este fenômeno pode observar-se na policitemia, correspondendo ao aumento da concentração de glóbulos vermelhos, e em diversos processos infecciosos ou tumores malignos do sangue, nos quais a concentração dos glóbulos brancos aumenta.


                        - Tipos de trombose:
            Esta doença é dividida em dois tipos:
- Trombose Venosa: É causada por um coágulo de sangue que se desenvolve em uma veia. Pode ser o resultado de doenças ou lesões nas veias das pernas, imobilidade por qualquer motivo, fratura, certos medicamentos, obesidade, doenças hereditárias ou predisposição hereditária. Existem várias doenças que podem ser classificados nesta categoria. Podemos destacar a trombose venosa profunda que é uma doença relativamente comum. Ela ocorre em 90% dos membros inferiores com maior frequência para a perna esquerda e os 10% restante afeta os membros superiores, pelves, cavidade abdominal, torácica, cabeça e pescoço.

- Trombose arterial: É causada por um coágulo de sangue que se desenvolve em uma artéria. Quando a trombose arterial ocorre nas artérias coronárias pode causar um ataque cardíaco no indivíduo. Quando isso acontece na circulação cerebral, pode causar acidente vascular cerebral ou falta de oxigênio para outros órgãos.


                       - Sintomas da Trombose
            A trombose pode ser completamente assintomática ou apresentar alguns sintomas como:
- Alterações na cor da pele (vermelhidão) em uma perna
- Aumento de calor em uma perna
- Dor em uma perna
- Sensibilidade em uma perna
- Pele que parece quente ao toque
- Inchaço (edema) em uma perna
- Endurecimento da pele


                      - Tratamento da Trombose
            O tratamento para a trombose consiste em prevenir a formação dos trombos, impedir que novos se formem e dissolvê-los caso apareçam. Nesse caso, os medicamentos mais utilizados são os chamados anticoagulantes.

            Os anticoagulantes reduzem a capacidade do sangue de se coagular e formar trombos. Eles não dissolvem o trombo, mas impedem que novos se formem. Três medicamentos muito conhecidos dessa classe são a heparina, a enoxaparina e a warfarina. É importante que esses medicamentos sejam tomados de maneira rigorosa conforme as orientações médicas pois podem apresentar graves conseqüências como sangramentos e hemorragias, além de interagirem com diversas outras drogas. Um novo anticoagulante é a rivaroxabana, um fármaco que impede a formação dos coágulos.

            Os antagonistas da vitamina K, agentes antiplaquetários, tais como ácido acetilsalicílico (aspirina), clopidogrel e agentes trombolíticos também pode ser utilizado em casos de trombose.

            Outra classe de medicamentos são aqueles que dissolvem os coágulos, como o ativador do plasminogênio tecidual (t-PA), administrado por via intravenosa. Essa droga também pode apresentar severos sangramentos, portanto requer monitoramento constante.

            Caso o paciente não possa usar medicamentos, um filtro pode ser inserido em uma veia grande, como a veia cava, para impedir que os trombos que se desprendem entupam os vasos de outros órgãos. Muitas vezes esses filtros são referidos como “guarda-chuvas”. Outras opções são massageadores pneumáticos que possibilitam a reativação da circulação sanguínea.

            Em caso de emergência o médico pode realizar uma operação chamada trombectomia (remoção do trombo).


                             - Expectativas

           Muitas TVPs desaparecem sem nenhum problema, mas elas podem retornar. Algumas pessoas podem ter dor e inchaço por longo tempo nas pernas, conhecido como síndrome pós-flebítica. Usar meias apertadas (compressão) durante e após a TVP pode ajudar a prevenir este problema.

            Há mais probabilidade de que os coágulos sanguíneos se desprendam e causem embolia pulmonar (EP) do que se formem na parte inferior das pernas ou em outras partes do corpo.

                        - Possiveis complicações da Trombose

            Um coágulo sanguíneo pode desprender-se da perna e deslocar-se para os pulmões (embolia pulmonar) ou para qualquer outro local do corpo, podendo colocar sua vida em risco. O tratamento rápido de TVP ajuda a prevenir esse problema.

            A síndrome pós-flebítica se refere a inchaço de longo tempo (edema) na perna que teve a trombose venosa profunda. Alterações na cor da pele e dor também podem estar presentes. Esses sintomas podem ser notados imediatamente ou não se desenvolver por um ou mais anos depois disso. Este problema é chamado síndrome pós-trombótica.


                               - Recomendações
* Procure um médico para saber se você pertence ao grupo de risco, porque existem medidas preventivas que podem e devem ser adotadas;
* Pare de fumar. Os componentes do cigarro lesam veias e artérias;
* Pratique exercício físico regularmente;
* Movimente-se. As consequências da síndrome da classe econômica podem ser atenuadas se você ficar em pé ou der pequenas caminhadas. Vestir meias elásticas ou massagear a panturrilha pressionando-a de baixo para cima ajuda muito;
* Ande sempre que possível, se você é obrigado a trabalhar muitas horas sentado. Levante-se para tomar água ou café, olhar a rua, ir ao banheiro;
* Use meias elásticas especialmente se você tem varizes;
* Não se automedique. Procure assistência médica imediatamente

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Arguile/ Narguilé



            O narguilé (ou arguile), é um cachimbo de água, por meio do qual o tabaco (geralmente aromatizado) é fumado com o acréscimo de melaço (muessel, um derivado do açúcar). O fumo especial para narguilés podem ter aromas variados, como de frutas, mel e flores, entre outros. É tradicionalmente utilizado em muitos países do mundo, em especial no Norte da África, Oriente Médio e Sul da Ásia. Há diferenças regionais no formato e no funcionamento, mas o princípio comum é o fato de a fumaça passar pela água antes de chegar ao fumante

             O narguilé é composto pela base (onde é colocada a água, que pode ser substituída por sucos, essências naturais ou por bebida), pelo corpo (parte que conduz a fumaça por um tubo, para dentro da água), pelo fornilho (local onde é colocado o tabaco e, em cima, o carvão em brasa) e pela mangueira (pela qual a fumaça é aspirada). A base do narguilé geralmente é de vidro, mas pode ser também de cerâmica ou metal. Alguns narguilés possuem várias mangueiras, tornando possível que várias pessoas fumem ao mesmo tempo, o que é tradição em alguns países.



            O narguilé se apresenta de forma atraente, pois além dos aditivos aromáticos, em geral, muito agradáveis, possui formatos sedutores e cores diversificadas, que acabam levando jovens a participar de sessões de fumo desse produto, e ainda se ter criado o falso conceito de segurança, incentivado pela idéia equivocada de que seria inócuo e muitos pais compraram a idéia de que seu uso não representaria perigo algum. Infelizmente, a utilização do narguilé no Brasil tem se disseminado cada vez mais, sobretudo entre os jovens, que geralmente desconhecem suas consequências, pois embora seja difundida a idéia de que o tabaco fumado com o narguilé seria menos prejudicial do que o cigarro, por exemplo, estudos comprovam exatamente o contrário. Fumar narguilé é altamente maléfico para a saúde. A suposição de que a água (ou qualquer outro líquido) absorveria a nicotina e limparia a fuligem da queima do tabaco, filtrando-o, foram desmentidas. 

              Após muitas pesquisas, concluiu-se que uma sessão de arguile equivale a nada menos do que fumar 100 cigarros. A quantidade de fumaça e substâncias tóxicas inaladas nos dois casos é a mesma. O monóxido de carbono é potencializado pela combustão do carvão, o que significa que chegará mais forte ao organismo. Para a surpresa de muitos, apenas 5% das impurezas do tabaco são filtradas pela água ou pelo líquido, ou seja, a nicotina encontrada em altas concentrações, tem grande potencial de causar dependência.  

           
            Como qualquer outro produto derivado do tabaco, o narguilé contém nicotina e as mesmas 4.700 substâncias tóxicas do cigarro convencional. Porém, análises comprovam que sua fumaça contém quantidades superiores de nicotina, monóxido de carbono, metais pesados e substâncias cancerígenas do que na fumaça do cigarro. Além do tabaco é colocado carvão em brasa. A queima do carvão produz substâncias cancerígenas, entre elas, o monóxido de carbono, potencializando os riscos para seus consumidores. O pior é que, por desconhecimento dos usuários, a presença da água faz com que se aspire ainda mais a fumaça, dando a impressão de que o organismo fica mais tolerante, o que é errado. Desse modo, a pessoa vai inalando uma quantidade muito maior de toxinas, sem sentir tanto incômodo.
           
            O resultado é que a fumaça do narguilé pode causar doenças cardíacas e respiratórias, perda de dentes, enfisemas e câncer de pulmão, mesmo entre os usuários que não tragam a substância. E causa ainda mais males do que o cigarro também, pelo potencial de transmitir também doenças infecciosas, já que é usado por mais de uma pessoa ao mesmo tempo sem a devida esterilização, como a transmissão de hepatite, herpes e tuberculose e até mesmo perda de dente.

            Já os malefícios à saúde causados a quem frequenta ambientes em que o narguilé é consumido, são bem parecidos com os que atingem aos fumantes passivos, que têm mais chances de desenvolver doenças tabaco-relacionadas. A concentração dessas substâncias no organismo tem efeito cumulativo, ou seja, quanto maior o tempo de exposição, maiores serão os danos.

            Outros males provem do fato de que muitas pessoas, principalmente adolescents tem colocado maconha, haxixe e crack no narguilé para fumar, e há também os que trocam a água do narguilé por bebida, tornando-o ainda mais perigoso e nocivo à saúde.


            * O neurocirurgião, Dr. Aramis Pedro Teixeira adverte que:

- Alguns outros estudos dão conta que uma sessão fumando o narguilé – isto é, 10 miligramas (de tabaco) por 30 minutos – resulta em níveis de monóxido de carbono 4 ou 5 vezes mais altos do que fumar um cigarro.

- Fazendo um cálculo rápido, uma rodada de arguile corresponde à 5 maços de cigarro convencional, sem filtro!

- Saibam que mesmo não sendo tragado ou fumado, tanto o cigarro, como arguile, pode causar também malefícios à saúde nos que se encontram no mesmo recinto (fumante passivo).  Por isso, ao fumar, retirem crianças e mulheres grávidas deste ambiente.

- É importante que os usuários de arguile proíbam os menores de idade e tomem o real conhecimento deste tipo de tóxico.

- Tanto o cigarro, como o arguile, fumo de palha, palheiro, charuto, etc, podem causar cânceres não somente de pulmão, como de outros órgãos (como a bexiga).

- O uso continuado de cigarros e arguile podem causar isquemias miocárdicas, tromboses de membros e Acidente Vascular Cerebral, podendo deixar a pessoa aleijada e impotente física e sexualmente, podendo, em graus extremos, levar à morte.

- Lembre-se: Apesar de ser socialmente prazeroso,  é uma substância tóxica que está sendo fumada e a cultura, por mais que presente em diversas etnias, deve ser desaconselhada.


Dr. Aramis Pedro Teixeira - Neurocirurgião (CRM 15844)
Ine - Instituto de Neurocirurgia Evoluir
(45) 3025-3585 / (45) 3029-3460 - Foz do Iguaçu

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Curiosidades Tabagismo


             Selecionamos algumas dúvidas frequentes sobre o consumo arguile(narguile), cigarro, charuto e outros derivados do tabaco e também sobre o consumo passivo, para que assim se possa entender melhor o quanto estes são prejudiciais à saúde.

                      Por que cigarros, charutos, cachimbo, fumo de rolo e rapé fazem mal à saúde? 
           Todos esses derivados do tabaco, que podem ser usados nas formas de inalação (cigarro, charuto, cachimbo, cigarro de palha), aspiração (rapé) e mastigação (fumo-de-rolo), são nocivos à saúde. No período de consumo destes produtos são introduzidas no organismo mais de 4.700 substâncias tóxicas, incluindo nicotina (responsável pela dependência química), monóxido de carbono (o mesmo gás venenoso que sai do escapamento de automóveis) e alcatrão, que é constituído por aproximadamente 48 substâncias pré-cancerígenas, como agrotóxicos e substâncias radioativas (que causam câncer).

                       Quais os derivados do tabaco mais agressivos à saúde e como agem?
           A fumaça do cigarro possui uma fase gasosa e uma particulada. A fase gasosa é composta por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído e acroleína, entre outras substâncias. Algumas produzem irritação nos olhos, nariz, garganta e levam à paralisia dos movimentos dos cílios dos brônquios. A fase particulada contém nicotina e alcatrão, que concentra 48 substâncias cancerígenas, entre elas arsênico, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo, além de resíduos de agrotóxicos aplicados nos produtos agrícolas e substâncias radioativas. 


                      - Como o cigarro atua quimicamente no organismo? 
           A fumaça do tabaco, durante a tragada, é inalada para os pulmões, distribuindo-se para o sistema circulatório e chegando rapidamente ao cérebro, entre 7 e 9 segundos. Além disso, o fluxo sangüíneo capilar pulmonar é rápido, e todo o volume de sangue do corpo percorre os pulmões em um minuto. Dessa forma, as substâncias inaladas pelos pulmões espalham-se pelo organismo com uma velocidade quase igual a de substâncias introduzidas por uma injeção intravenosa. 

                      O que causa a dependência do cigarro? 
           A nicotina, que é encontrada em todos os derivados do tabaco (charuto, cachimbo, cigarro de palha, etc) é a droga que causa dependência. Esta substância é psicoativa, isto é, produz a sensação de prazer, o que pode induzir ao abuso e à dependência. Por ter características complexas, a dependência à nicotina é incluída na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde - CID 10ª revisão. Ao ser ingerida, produz alterações no Sistema Nervoso Central, modificando assim o estado emocional e comportamental dos indivíduos, da mesma forma como ocorre com a cocaína, heroína e álcool. 
           Depois que a nicotina atinge o cérebro, entre 7 a 9 segundos, libera várias substâncias (neurotransmissores) que são responsáveis por estimular a sensação de prazer (núcleo accubens), explicando-se assim as boas sensações que o fumante tem ao fumar. Com a ingestão contínua da nicotina, o cérebro se adapta e passa a precisar de doses cada vez maiores para manter o mesmo nível de satisfação que tinha no início.
Esse efeito é chamado de tolerância à droga. Com o passar do tempo, o fumante passa a ter necessidade de consumir cada vez mais cigarros. De tal forma que, a quantidade média de cigarros fumados na adolescência, nove por dia, na idade adulta passa a ser de 20 cigarros por dia. Com a dependência, cresce também o risco de se contrair doenças debilitantes, que podem levar à invalidez e à morte. 




                      Por que as pessoas começam e continuam a fumar? 
           Em decorrência da publicidade ser dirigida principalmente aos jovens e fornecer uma falsa imagem de que fumar está associado ao bom desempenho sexual e esportivo, ao sucesso, à beleza, à independência e à liberdade. A maioria dos fumantes torna-se dependente da nicotina antes dos 19 anos de idade. Conscientes de que a nicotina gera dependência, os fabricantes de cigarros gastam milhões de dólares em publicidade dirigidas aos jovens. Apesar da lei de restrição da propaganda de produtos derivados do tabaco, sancionada no Brasil em dezembro de 2000, as falsas imagens continuam influindo fortemente no comportamento de jovens e adultos. 

                      - Quais são as doenças causadas pelo uso do cigarro? 
           O tabagismo é diretamente responsável por 30% das mortes por câncer, 90% das mortes por câncer de pulmão, 25% das mortes por doença coronariana, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica e 25% das mortes por doença cerebrovascular. Outras doenças que também estão relacionadas ao uso do cigarro são aneurisma arterial, trombose vascular, úlcera do aparelho digestivo, infecções respiratórias e impotência sexual no homem. Estima-se que, no Brasil, a cada ano, 200 mil pessoas morram precocemente devido às doenças causadas pelo tabagismo, número que não pára de aumentar.


                      - Existem outras desvantagens em ser fumante? 
           Os fumantes adoecem com uma freqüência duas vezes maior que os não fumantes. Têm menor resistência física, menos fôlego e pior desempenho nos esportes e na vida sexual do que os não fumantes. Além disso envelhecem mais rapidamente e apresentam um aspecto físico menos atraente, pois ficam com os dentes amarelados, pele enrugada e impregnada pelo odor do fumo. 

                      - Quais são os riscos para a mulher grávida? 
           A mulher grávida que fuma, além de correr o risco de abortar, tem uma maior chance de ter filho de baixo peso, menor tamanho e com defeitos congênitos. Os filhos de fumantes adoecem duas vezes mais do que os filhos de não fumantes.

                                      


                      - E os não fumantes, como ficam nessa história? 
           Basta manter um cigarro aceso para poluir um ambiente com as substâncias tóxicas da fumaça do cigarro. As pessoas passam 80% do seu tempo em ambientes fechados. Ao fim do dia, em um ambiente poluído, os não fumantes podem ter respirado o equivalente a 10 cigarros. Fumar em ambientes fechados prejudica as pessoas com quem o fumante convive: filhos, cônjuge, amigos e colegas de trabalho. Ao respirar a fumaça do cigarro, os não fumantes correm o risco de ter as mesmas doenças que o fumante. 

                      - Quais os danos ao meio ambiente? 
           Florestas inteiras são devastadas para alimentar os fornos à lenha que secam as folhas do fumo antes de serem industrializadas. Para cada 300 cigarros produzidos uma árvore é queimada. Portanto, o fumante de um maço de cigarros por dia sacrifica uma árvore a cada 15 dias. Para a obtenção de safras cada vez melhores, os plantadores de fumo usam agrotóxicos em grande quantidade, causando danos à saúde dos agricultores e ao ecossistema. Além disso, filtros de cigarros atirados em lagos, rios, mares, florestas e jardins demoram 100 anos para se degradarem. Cerca de 25% de todos os incêndios são provocados por pontas de cigarros acesas, o que resulta em destruição e mortes. 



                      - A produção de fumo gera perdas para o país? 
           Segundo o Banco Mundial, o consumo do fumo gera uma perda mundial de 200 bilhões de dólares por ano, representados por:
• sobrecarga do sistema de saúde com tratamento das doenças causadas pelo fumo
• mortes precoces de cidadãos em idade produtiva
• maior índice de aposentadoria precoce
• faltas ao trabalho de 33 a 45% a mais
• menor rendimento no trabalho
• mais gastos com seguros
• mais gastos com limpeza, manutenção de equipamentos e reposição de mobiliários
• maiores perdas com incêndios
• redução da qualidade de vida do fumante e de sua família. 


                      - O que é tabagismo passivo? 
           É a inalação da fumaça de derivados do tabaco por indivíduos não fumantes que convivem com fumantes em ambientes fechados. A poluição decorrente da fumaça dos derivados do tabaco em ambientes fechados é denominada de Poluição Tabagística Ambiental (PTA) e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é a maior responsável pela poluição em ambientes fechados. Hoje estima-se que o tabagismo passivo seja a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, subseqüente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool. 


                      - Como o tabagismo passivo afeta a saúde? 
           Os não fumantes que respiram a fumaça do tabaco têm um risco maior de desenvolver doenças relacionadas ao tabagismo. Quanto maior o tempo em que o não fumante fica exposto à poluição tabagística ambiental, maior a chance de adoecer. As crianças, por terem uma freqüência respiratória mais elevada, são mais atingidas, sofrendo conseqüências drásticas sobre a sua saúde, incluindo bronquite e pneumonia, desenvolvimento e exacerbação da asma e infecções do ouvido médio. 



                      Quais são os riscos para as crianças que convivem com fumantes em ambientes fechados? 
           As crianças, especialmente as mais novas, são muito prejudicadas quando expostas à poluição tabagística ambiental, o que ocorre freqüentmente por culpa dos pais. Um estudo da OMS, envolvendo 700 milhões de crianças que vivem com fumantes em casa (cerca de metade das crianças do mundo), mostrou que essas crianças apresentaram um aumento de incidência de pneumonia, bronquite, exacerbação de asma, infecções do ouvido médio, além de uma maior probabilidade de desenvolvimento de doença cardiovascular na idade adulta. Nos casos em que a mãe é fumante, estima-se uma chance maior (70%) para infecções respiratórias e de ouvido médio do que nos casos em que a mãe não é fumante. Esta chance torna-se mais elevada (30%) se o pai é fumante, em crianças de até 1 ano de idade. A chance aumenta mais ainda (50%) caso haja mais de dois fumantes em casa, convivendo com essas crianças. (WHO, World Tobacco Day"s,2001). 

                      - A ventilação nos ambientes pode eliminar a poluição tabagística ambiental? 
           Não. Embora uma boa ventilação possa ajudar a diminuir a irritação nos olhos, nariz e garganta causada pela fumaça, ela não elimina seus componentes tóxicos. Quando áreas de fumantes e de não fumantes compartilham o mesmo sistema de ventilação , a fumaça se dispersa por toda a área, pois circula através das tubulações de sistemas de refrigeração central. Dessa forma, opções defendidas pela indústria, tais como separação de áreas para fumantes e não fumantes em um mesmo ambiente com um mesmo sistema ventilatório, ou mesmo o aumento da troca de ar através de um sistema especial de ventilação, não eliminam a exposição dos não fumantes. As áreas de fumantes (fumódromos) somente podem ajudar a proteger a saúde dos não fumantes quando são completamente isoladas, com sistema de ventilação separado, não permitindo que o ar poluído circule pelo prédio, e quando os funcionários não precisam passar através dessa área. 

                      - As imagens e frases de advertência nos maços de cigarros causam impacto? 
           Espera-se que as novas advertências nos maços de cigarros reduzam a prevalência de fumantes e previnam a experimentação do produto, especialmente pelos jovens e crianças. Essa medida está inserida em um conjunto de estratégias de promoção da saúde que envolvem ações nos âmbitos educativo, legislativo e econômico, todas elas com o objetivo de reduzir a exposição da população ao tabagismo. Além dessa informação, também constam nos maços de cigarros os teores de nicotina, alcatrão e monóxido de carbono e o telefone do "Disque Pare de Fumar", um serviço de orientação à população para deixar de fumar. 



                      Existem números e pesquisas que comprovem que as imagens nos maços diminuem o número de fumantes? 
           Sim. As pesquisas feitas sobre esse tipo de imagens nos maços demonstram que elas funcionam. No Brasil, uma pesquisa realizada em abril de 2002 pelo Instituto Data Folha, com 2.216 pessoas maiores de 18 anos em 126 municípios de todo país, revelou que:
• 70% dos entrevistados acreditam que as imagens são eficientes para evitar a iniciação ao tabagismo
• 67% dos fumantes sentiram vontade de abandonar o fumo desde o início da veiculação das novas advertências
• 54% mudaram de idéia sobre os malefícios causados no organismo e estão preocupados com a saúde. 

           Outra pesquisa, realizada pelo serviço Disque Pare de Fumar, do Ministério da Saúde, no período de março a dezembro de 2002 com 89.305 pessoas, revelou que 62,67% consideram as imagens um ótimo serviço prestado à comunidade. Além disso, durante as comemorações do dia 27 de novembro de 2002 (Dia Nacional de Combate ao Câncer) foi realizada uma pesquisa piloto com 650 pessoas durante uma feira de saúde promovida no município do Rio de Janeiro. O estudo concluiu, dentre outros resultados, que 62% dos entrevistados consideram que as imagens de advertência estimulam as pessoas a deixar de fumar.                       - Qual o papel do Instituto Nacional de Câncer no controle do tabagismo? 
           O Instituto Nacional de Câncer (INCA) é o órgão do Ministério da Saúde responsável pela coordenação da política de controle do câncer e doenças relacionadas ao tabagismo no Brasil. Com esse objetivo e através da Coordenação de Prevenção e Vigilância (CONPREV) o INCA desenvolve estratégias voltadas para socializar as informações sobre o câncer, suas possibilidades de prevenção e estimular mudanças de comportamento na população que, a médio e longo prazos, contribuam para a redução da incidência e mortalidade por câncer e doenças tabaco relacionadas no país. 

                      - Existe tratamento gratuito para parar de fumar? 
           Todo fumante hoje tem direito a atendimento gratuito para deixar de fumar em instituições ligadas ao SUS. Procure os postos de saúde próximos de casa ou do trabalho, e se informe sobre locais e horários de tratamento para tabagismo. 

                      Já tentei várias vezes, mas sempre voltei a fumar. Será que um dia conseguirei parar em definitivo? 
           Sim, você conseguirá. Sendo o tabagismo uma dependência química, é esperado que a pessoa faça de 3 a 4 tentativas antes de parar definitivamente. A cada tentativa, você vai conhecendo suas maiores dificuldades e aprendendo a controla-las, sem ter que fumar.            
           Exemplo: você resolve parar de fumar, e ao estar diante de uma situação de estresse, pensa em fumar um cigarro como solução para se acalmar. Com o tempo você vai aprendendo que, além do cigarro não resolver seus problemas, ele está tirando sua saúde. 

                      - É mais difícil a mulher parar de fumar do que o homem? 
           Homens e mulheres têm formas distintas de lidar com o tabaco. Na mulher o uso de cigarros muitas vezes está associado a mudança de humor, e essa tendência pode criar dificuldades diferenciadas diante da abstinência. O importante é conhecer essas especificidades e poder oferecer o tratamento adequado, para que as chances de sucesso sejam maiores.



Referência: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/tabagismo


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Tabagismo – Aramis Pedro Teixeira




         O tabagismo é considerado o ato de consumir cigarros ou outros produtos que contenham tabaco, cuja droga ou princípio ativo é a nicotina. O cigarro é considerado um droga licita, que apesar de causar prejuízos ao corpo, a sua produção e comercialização é permitida por lei, assim como o Arguile ou Narguilé, que vem da cultura árabe e vem sendo muito utilizado, principalmente por jovens.

        
        Já as drogas ilícitas, são as substâncias cuja produção e comercialização são proibidas por lei, tais como a maconha, cocaína e heroína. Porém, a dependência química, classificada pela Organização Mundial de Saúde como uma doença INCURÁVEL e progressiva, acontece tanto com drogas ilícitas, quanto com as lícitas.

         Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, os cigarros contém cerca de 4.720 substâncias tóxicas, sendo uma delas, a nicotina, substância psicoativa, que provoca prazer, podendo induzir ao abuso e à dependência. A nicotina encontra-se incluída na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde. A sua ingestão produz alterações no Sistema Nervoso Central, modificando assim o estado emocional e comportamental dos indivíduos, semelhante ao que ocorre com a cocaína, heroína e álcool. Depois que a nicotina atinge o cérebro, entre 7 a 9 segundos, libera várias substâncias (neurotransmissores) responsáveis por estimular a sensação de prazer, explicando-se assim as boas sensações que o fumante tem ao fumar. Com o uso freqüente da nicotina, o cérebro se adapta e passa a precisar de doses cada vez maiores para manter o mesmo nível de satisfação que tinha no início. 

         
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o mundo e por isso acaba por ser considerado uma pandemia, ou seja, uma epidemia generalizada, e como tal precisa ser combatido. A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam.


            Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, no Brasil o tabagismo é o responsável por cerca 90% das mortes por câncer do pulmão, 25% das mortes por doença coronariana (angina e infarto do miocárdio), 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio na faixa etária abaixo de 65 anos, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crónica, 25% das mortes vasculares (entre elas derrame cerebral), além de 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero, leucemia). Ainda de acordo com a OPAS, não existem níveis seguros de consumo do tabaco. As doenças ocasionadas pelo consumo de tabaco matam 3 milhões de pessoas no mundo anualmente, com uma projeção estimada de óbitos em torno de 10 milhões até o ano 2020 - das quais 7 milhões ocorrerão nos países em desenvolvimento. Vale dizer que o tabagismo, hoje, mata mais que a soma das mortes por AIDS, cocaína, heroína, álcool, suicídios e acidentes de trânsito. Algumas outras doenças relacionadas com o tabagismo são:
- Hipertensão arterial;
- Aneurismas arteriais;
- Úlcera do aparelho digestivo;
- Infecções respiratórias;
- Trombose vascular;
- Osteoporose;
- Catarata;
- Impotência sexual no homem;
- Infertilidade na mulher;
- Menopausa precoce;
- Complicações na gravidez.
- Além destas complicações, o tabaco ainda diminui as defesas do organismo, fazendo com que o fumante tenda a aumentar a incidência de adquirir doenças como a gripe e a tuberculose.



            A maioria dos fumantes iniciam o consumo na adolescência, mesmo sabendo dos males que o tabaco provoca. Mas por que?  Existem vários fatores que levam as pessoas a experimentar o cigarro ou outros derivados do tabaco, mas grande parte é influenciada, principalmente, por figuras próximas dos mesmos, como pais, professores, ídolos e amigos. Antes dos 19 anos de idade, o jovem está na fase de construção de sua personalidade e pesquisas mostram que a maioria dos adolescentes fumantes iniciou a fumar justamente nesta faixa de idade (cerca de 90%), isto quer dizer que o principal fator que favorece o tabagismo entre os jovens é, principalmente, a necessidade de auto-afirmação.



           Homens e mulheres são influenciados por fatores distintos entre si. Os homens normalmente são influenciados por amigos, grupos sociais, problemas no trabalho ou dificuldades financeiras. As mulheres pela depressão, pressões familiares, sentimento de isolamento social ou problemas de saúde.

          Uma vez que o indivíduo experimenta o cigarro (ou arguile/narguilé, ou outro tipo de fumo), acaba ficando dependente da nicotina, pois esta é considerada uma droga bastante poderosa, que atua no sistema nervoso central como a cocaína, heroína, ou o álcool. É normal, portanto, que, ao parar de fumar, os primeiros dias sem cigarros sejam os mais difíceis, porém as dificuldades tendem a ser menores a cada dia.

            Mas para quem pretende deixar o vício, é preciso escolher um método. Para se obter sucesso com o fim do vício, algumas sugestões são:
- Parar imediatamente, marcando uma data para deixar de fumar, independente do número de cigarros fumados diariamente. Quando chegar o dia escolhido, você não deverá ter cigarros, porque essa medida diminuirá os riscos de, diante de uma forte vontade de fumar, você acender o cigarro por tê-lo perto.
- Parar gradualmente, reduzindo o número de cigarros por dia ou por hora. Por exemplo: Um fumante de 30 cigarros por dia, no primeiro dia fuma os 30 cigarros usuais, segundo, 25, no terceiro, 20, e assim sucessivamente até o primeiro dia sem cigarros. É possivel fazer esta parada gradual também retardando a hora do primeiro cigarro. Por exemplo: no primeiro dia você começa a fumar às 9 horas, no segundo às 11, no terceiro às 13 horas, até que se consiga retirar o cigarro completamente.
A estratégia gradual não deve durar mais de duas semanas, pois pode se tornar uma forma de adiar, e não de parar de fumar. O mais importante é marcar uma data para que seja seu primeiro dia de ex-fumante. Lembre-se também que fumar cigarros de baixos teores não é uma boa alternativa. Todos os tipos de derivados do tabaco (cigarros, charutos, cachimbos, cigarros de Bali, cigarrilhas, narguilé, etc) fazem mal à saúde.
Caso não consiga parar de fumar sozinho, procure tratamento especializado, que poderá ser na rede do SUS. Cuidado com métodos para deixar de fumar que podem trazer malefícios à saúde.

            Existem também alguns outros métodos alternativos para acabar com o vício, basta querer e ter força de vontade. Alguns destes métodos são:
- Goma de mascar com nicotina: são pastilhas que liberam pequenas doses de nicotina diminuindo os sintomas da abstinência.
- Skin Paches: são pequenos adesivos que colados à pele, liberam mais nicotina do que a goma de mascar.
- Spray nasal: este spray libera menos nicotina que a goma e os patches, mas chega mais rápido ao sistema circulatório.
- Inalante: o inalante tem a mesma forma do cigarro, o que leva o indivíduo a achar que está fumando, pois imita o gesto mão-para-boca do fumante só que com 1/3 da nicotina do cigarro.
- Zyban: este é um método sem nicotina, trata-se de uma droga antidepressiva que auxilia nas crises de abstinência.
- Cigarros eletrônicos: uma excelente e não-letal alternativa para quem tem dificuldades em excluir o tabaco dos seus hábitos. Estes são substitutos ideais, cujos efeitos não provocam alterações significativas no organismo, além de possuírem características em tudo semelhantes aos cigarros convencionais, incluindo o sabor.



* Todos estes métodos devem ser receitados e terem acompanhamento médico.

            Após o início da tentativa de parar de fumar, é preciso não ter medo:
- Dos sintomas da síndrome de abstinência: Quando o fumante para de fumar, pode apresentar alguns sintomas desagradáveis, tais como: dor de cabeça, tonteira, irritabilidade, agressividade, alteração do sono, dificuldade de concentração, tosse, indisposição gástrica e outros. Esses sintomas caracterizam a síndrome de abstinência da nicotina, porém, não acontecem com todos os fumantes que param de fumar. Quando acontecem, tendem a desaparecer em uma a duas semanas (alguns casos podem chegar a 4 semanas). Alguns dos sintomas, como dor de cabeça, tonteira e tosse são sinais do restabelecimento do organismo sem as 4.720 substâncias da fumaça do cigarro. O sintoma mais intenso, e mais difícil de se lidar é a chamada "fissura" (grande vontade em fumar). É importante saber que a "fissura" geralmente não dura mais que 5 minutos, e tende a ficar mais tempo que os outros sintomas. Porém, ela vai reduzindo gradativamente a sua intensidade e aumentando o intervalo entre um episódio e outro.

- Da recaída: A recaída se caracteriza pelo retorno ao consumo de cigarros após parar de fumar, e não deve ser encarada como fracasso. Comece tudo novamente e procure ficar mais atento ao que fez você voltar a fumar. Dê várias chances a você... até conseguir. Muitos fumantes que deixaram de fumar fizeram, em média, de 3 a 4 tentativas até parar definitivamente.

- De engordar: Se a fome aumentar, não se assuste, é normal um ganho de peso, pois seu paladar vai melhorando e o metabolismo se normalizando. De qualquer forma, procure não comer mais do que de costume. Evite doces e alimentos gordurosos. Mantenha uma dieta equilibrada com alimentos naturais e de baixa caloria, frutas, verduras, legumes etc. Atividade física também ajuda no controle do peso. Beba sempre muito líquido, de preferência água e sucos naturais. No início, evite café e bebidas alcoólicas, pois eles estimulam a vontade de fumar. O mais importante é escolher uma data para ser o seu primeiro dia sem cigarro. Este dia não precisa ser um dia de sofrimento. Faça dele uma ocasião especial e procure programar algo que goste de fazer para se distrair e relaxar.

            Mesmo resistindo a estes “sintomas”, é preciso tomar cuidado com algumas armadilhas que podem acabar prejudicando a parada com o vício:
- Momentos de estresse: procure se acalmar e entender que momentos difíceis sempre vão ocorrer e fumar não vai resolver seus problemas.
- Vontade de fumar: esta a vontade de fumar ("fissura") não dura mais que cinco minutos. Nesses momentos, para ajudar, você poderá chupar gelo, escovar os dentes, beber água gelada ou comer uma fruta.

            Algumas dicas que podem ajudar a se distrair ou relaxar para esquecer  o vício nas horas em que há estresse ou vontade de fumar são:
- Manter as mãos ocupadas com um elástico, pedaço de papel, rabiscar alguma coisa ou manusear objetos pequenos;
- Não ficar parado, conversar com um amigo, fazer algo diferente que distraia sua atenção;
- Fazer exercícios de relaxamento, como respiração profunda, respire fundo pelo nariz e vá contando até 6. Depois deixe o ar sair lentamente pela boca até esvaziar totalmente os pulmões. Relaxamento muscular: estique os braços e pernas até sentir os músculos relaxarem.
- Esticar o corpo ajuda a relaxar os músculos e diminuir a tensão da vontade de fumar

- Acupuntura é uma eficiente ajuda no combate ao vício, pois age aumentando a liberação de endorfinas e encefalinas no sistema nervoso central e atua excitando a via neural da recompensa (nigrostriatal), inibindo, assim, a excitação dos receptores para a nicotina, presentes em maior quantidade nos tabagistas.  

            Proteja-se ... após parar de fumar uma simples tragada pode levar você a uma recaída. Evite o primeiro cigarro e você estará evitando todos os outros!

            * Algumas advertências dadas pelo Dr. Aramis Pedro Teixeira:
- Uma rodada de arguile/narguilé equivale a 100 cigarros = 3 carteiras e meia .
-Tanto faz tragar, só fumar ou presenciar, pois como fumante passivo você respira o mesmo ar, o que causa o mesmo mal que para quem está fumando.
- O problema do fumante é o vicio, dependência e principalmente a falta de conhecimento sobre os componentes do cigarro, pois se realmente conhecem a fundo, paravam de fumar.

            Dê valor à sua vida e viva livre do cigarro!



Dr. Aramis Pedro Teixeira - Neurocirurgião (CRM 15844)
Ine - Instituto de Neurocirurgia Evoluir
(45) 3025-3585 / (45) 3029-3460 - Foz do Iguaçu