quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Técnica do Procedimento da Punção Lombar


          A punção lombar é um procedimento médico que consiste na aspiração do Líquido Cefalorraquidiano da medula espinhal, através da utilização de uma agulha, para exame citológico e também para injeção de quimioterápicos. 

          A punção lombar tem sido considerada uma arma diagnóstica, pois o estudo do LCR retirado durante uma punção lombar pode dar muita informação sobre as doenças que afetam cérebro e a medula espinhal. É a análise mais importante para ter certeza do diagnóstico de doenças como: 

- Meningites: Infecções das meninges, muitas vezes ocasionada por bactérias;
- Encefalites: Infecções do cérebro, geralmente ocasionada por vírus;
- Vasculites: Inflamações dos vasos sanguíneos do cérebro;
- Hemorragia Subaracnoideia: Rompimento de um vaso sanguíneo intracraniano.


          Em alguns casos, é utilizada junto a outros exames para fazer o diagnóstico, como no caso da Síndrome de Guillain-Barré ( inflamação dos nervos que fazem mexer os braços e as pernas), esclerose múltipla e sacoidose. No caso da doença de Alzheimer, o Líquido Cefalorraquidiano ajuda a fazer o diagnóstico da doença. 


          Não há preparo específico para o exame do LCR. O paciente pode alimentar-se normalmente e não deve estar fazendo uso de medicação anticoagulante ou de drogas que interfiram na coagulação sanguínea.


          Na execução o paciente é deitado e colocado de lado, com o pescoço dobrado para baixo e as pernas encolhidas (posição fetal) ou também pode ser feito sentado com a cabeça abaixada. Em doentes obesos, o médico pode optar por colocar o doente em posição ereta. O mais importante é manter a coluna fletida para abrir o espaço entre as vértebras, para que a agulha entre sem dificuldades.  



          A pele do fundo das costas é desinfectada e é colocada uma pequena quantidade de anestésico local para anestesiar a pele e os músculos. Por vezes pode ser utilizada também anestesia nas veias, para adormecer o paciente. Em seguida o médico introduz uma pequena agulha que vai passar pelo espaço entre duas vértebras até chegar ao reservatório onde se acumula o LCR, que está situado no fundo da medula, não havendo perigo desta ser atingida. Depois de introduzida a agulha, é preciso deixar que o líquido saia naturalmente, gota a gota, para recipientes próprios.



          O líquido encefalorraquidiano drenado é colhido para um tubo esterilizado e enviado para análise. Após a coleta, o médico retira a agulha e é feito compressão no local. O líquido é enviado ao laboratório para exame citológico de forma a permitir ao médico determinar o diagnóstico.

          A quantidade de líquido retirado no exame é pouco o que não vai provocar alterações no cérebro e medula espinhal. Pode provocar dor de cabeça (cefaléia) por um curto período, infecção e hemorragia (sangramento). 


          A análise dos resultados obtidos no exame do LCR deve ser sempre feita em conjunto e tendo como base a sintomatologia apresentada pelo paciente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário