segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Dor de Cabeça


            A dor de cabeça ou cefaléia é um mal que atormenta milhões de brasileiros. Pode ser provocada por diversos fatores como extensão da musculatura dos ombros, pescoço, crânio e face, problemas neurológicos, hipertensão, disfunção tempromandibular, ansiedade, depressão, irritação e ainda:
- Contrações musculares: provocam tensões nos músculos da face e do pescoço principalmente associados ao estresse, cansaço e outros.
- Dilatação dos vasos sanguíneos cerebrais: ao se dilatarem pressionam os nervos e provocam a dor.
- Infecção ou aumento da pressão cerebral: também conhecida como dor secundária, é provocada quando há alguma doença como sinusite, tumores cerebrais, meningite, etc.

             Existem vários tipos de dor de cabeça, entre elas:

    1- Enxaqueca: Considerada uma dor de cabeça primária, pois não causa alterações estruturais no cérebro e não deixa seqüelas físicas. As mulheres são as principais vítimas desse mal de fundo genético, que piora com o esforço físico e a movimentação da cabeça, fazendo com que a pessoa queira ficar em repouso. Alguns exemplos de tipos de dor de cabeça são: Comum, Clássica, Complicada, Equivalente, Hemiplégica, Em Salva, Da Artéria Basilar, etc. 


     
    2- Cefaléia Tensional (Vasomotora): A mais comum que existe. É causada por falta de sono, estresse e cansaço ou por algum acidente que afete a musculatura do pescoço. Costuma ser de intensidade leve à moderada, na cabeça inteira, como se fosse uma faixa em aperto ou pulsátil, mais intensa na região bitemporal e nucal. 


     3- Cefaléia de Horton (Cefaléia do Trovão): Não tão comum como as dores de cabeça primárias, é caracterizada por crises de forte intensidade, em que a sensação de dor se assemelha à de levar "facadas" ou como um raio que atinge a cabeça. Segundo especialistas, as causas dessa dor ainda são desconhecidas, mas parece haver uma disfunção em um núcleo de uma importante estrutura cerebral chamada hipotálamo. Atinge principalmente os homens. Uma de suas características é a de aumentar com o repouso, o que faz com que o doente fique agitado com a intensidade da dor. 


 
    4- Cefaléia Tipo Cluster ou Histamínica: Geralmente é uma dor retroorbitária (atrás do olho), unilateral, pulsátil, causando lacrimejamento, coriza, olhos vermelhos e sensação de cabeça cheia, como se fosse uma crise alérgica. 

     5- Cefaléia Crônica Diária: Dor diária, em qualquer lugar da cabeça, associada a distúrbios do humor, stress, fadiga crônica, etc.

     6- Cefaléias Mistas: Dois ou mais tipos de cefaléia associados. Geralmente apresentam enxaqueca e cefaléia tensional.

 
    7- Cefaléias Secundárias: 
- Cefaléia da Hipertensão Intracraniana: A dor de cabeça também pode ser sintoma de alguma doença grave, como tumores e meningite, hidrocefalias, etc. Nesses casos, a recomendação é procurar um médico imediatamente.

-Cefaléia por Fadiga dos Músculos Oculares: Costuma se apresentar como um "peso" sobre os olhos, e se caracteriza por aumentar no final do dia. E se deve ao grande esforço para enxergar naqueles com dificuldade visual.

- Cefaléia Inflamatória: Dor causada pela Sinusite, aparece junto com outros sintomas, como vias respiratórias congestionadas (especialmente o nariz), febre e sensação de plenitude da face. É diária e às vezes inala odor fétido pelas narinas.


- Cefaléia da Hipertensão: Concentra-se mais na nuca. Deve ser observada com muita atenção, pois a hipertensão pode causar Acidentes Vasculares Cerebrais (derrames).

- Cefaléia Hemorrágica: Ocorre devido à hemorragia intracraniana ou subaracnóidea. Início súbito, intensa, geralmente com vômitos, déficit motor e rebaixamento do nível de consciência, podendo chegar ao coma.

- Cefaléia Pós-Trauma: Geralmente ocasionada por uma síndrome pós-concussão cerebral associada à trauma de crânio sem sangramentos.

- Cefaléia Pós-Cirúrgica: Após procedimentos neurocirúrgicos como craniotomias, trepanações, ocasionando fibroses e neo-inervações.

- Cefaléia associada à malformação congênita: Ocorre em crianças com déficit psicomotor, alterações cerebrais, onde existe falta ou dismetria de porções do cérebro.


- Cefaléia do Idoso: Geralmente ocasionada pela atrofia cerebral em pacientes com idade avançada, causando irritabilidade cerebral e alterações vasculares.


- Cefaléia Cervicogênica: Associadas a doenças degenerativas da coluna cervical (artroses, compressões neurais, discopatias, etc.)

- Cefaléia Sexual: Ocasionada por atividade física intensa, antes, durante ou após o sexo. Mais comum em homens e muitas vezes após orgasmo.

- Cefaléia Hormonal: Geralmente em mulheres, perimenstruais ou associadas à tensão pré-menstrual e associadas a alterações vasomotoras, principalmente devido ao uso de estrogênio nos contraceptivos. São freqüentes em jovens com ovários policísticos.


            A maioria das cefaléias exige um longo período de tratamento para a cura ou para diminuir a intensidade das crises.

            Alguns sinais devem servir de alerta, o primeiro deles é quando a dor é aguda, ou seja, a pessoa nunca teve dor de cabeça e de repente passa a ter dor. Outro sinal de risco é quando a dor vem associada a outros sintomas: presença de febre, vômitos e alguns sinais neurológicos, como visão dupla, alteração da visão e paralisias faciais.

            Para o tratamento da Dor de Cabeça, o primeiro passo é procurar um médico e relatar o histórico das dores: Quantas vezes aparecem por dia, quanto tempo duram as crises, qual a intensidade e o local. Toda dor de cabeça tem uma causa e só o médico pode diagnosticar com exatidão que tipo de tratamento se deve seguir. 

            Há dois tipos de tratamentos: o de crises, para quando a dor está presente, que é feito com medicamentos analgésicos e antiinflamatórios; e o profilático, que tem ação preventiva. Este último pode durar de 2 a 5 anos e é utilizado em casos de dores mais fortes, como a da enxaqueca.


            Todo tratamento, deve ser acompanhado por um médico, de preferência um neurologista. Só ele poderá indicar remédios e decidir o momento em que o tratamento deverá ser interrompido. A idéia de que a dor de cabeça é um desconforto, que 'faz parte da vida' e pode ser curada por um simples analgésico, está errada e prejudica o tratamento.

            Sem o acompanhamento de um médico, acontece a comum história da indicação de parentes e amigos, as pessoas costumam tomar qualquer analgésico, aumentam sempre a dose dos remédios e consomem medicações ao menor sinal de dor, para evitar uma crise forte. Nada pior. “Os analgésicos e outras medicações para o alívio da dor podem perpetuar a cefaléia, que, nessas condições, torna-se um problema crônico diário”. O abuso de analgésicos pode aumentar a freqüência e a intensidade da dor. Então aquelas pessoas que tomam estes remédios mais de duas vezes por semana devem procurar imediatamente um especialista para fazer o tratamento profilático e, principalmente, fazer o diagnóstico, definir e tratar a causa dessa dor, pois pode ser sinal de um grave problema que necessita de tratamentos.

            O segredo do tratamento é um bom diagnóstico para que se identifique exatamente qual o tipo de dor de cabeça e por que ela acontece.

            Uma boa dica é fazer atividades físicas regularmente, não passar muito tempo sem comer nada, evitar alimentos que provocam dor de cabeça e fazer exercícios de relaxamento.




Um comentário:

  1. Muito bom esse site. Parabéns! Descobri tudo sobre uma dor de cabeça enorme q sinto de vez em quando...e agora foi constatada ARTROSE CERVICAL.

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