quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Dúvidas freqüentes sobre Osteoporose


1 - Quem não gosta de leite apresenta maior risco de ter osteoporose?
Não. Uma das dicas de prevenção da doença é preocupar-se com a ingestão mínima de cálcio necessário para manter os ossos saudáveis. São recomendados 1.200 mg por dia. Para quem não gosta de leite, é só recorrer a outros laticínios, como queijos e iogurtes.

2 - A osteoporose não tem cura e não pode ser tratada?
A osteoporose não tem cura, mas o tratamento deve ser feito por médicos especializados, capazes de dar orientações sobre medicamentos que estabilizam o quadro da doença ou melhoram o problema. Isso significa evitar maiores complicações e reduzir significantemente o risco de fraturas.

3 - Quem tem osteoporose não pode praticar atividade física?
Pelo contrário. Praticar exercícios físicos é essencial. Nesse caso, os exercícios devem ter impacto mínimo. Atividades aquáticas seriam o mais recomendado.

4 - Devo me preocupar com a osteoporose somente após a menopausa?
Não. O nível de cálcio no organismo, de fato, é menor após a menopausa, mas a sua incidência não está ligada a essa fase. Sua prevenção deve ser uma preocupação ao longo da vida. Para isso, basta seguir algumas ações cotidianas, como expor-se à luz do sol durante 15 minutos todos os dias. O sol deve incidir sobre a face, tronco superior e braços. Atenção: deve-se evitar o sol após 10 horas da manhã. Vale ainda ingerir vitamina D diariamente. Verduras e laticínios fortificados fornecem este tipo de vitamina.

5 - A osteoporose é uma doença feminina?
Mulheres têm mais osteoporose que os homens, pois têm os ossos mais finos e mais leves e apresentam perda importante durante a menopausa. No entanto, homens com deficiência alimentar de cálcio e vitaminas estão sujeitos à doença. Inclusive, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) criou o Programa de Osteoporose Masculina (PROMA), desde março de 2004, com o objetivo de quantificar as vítimas da doença para tratá-las e estudar a sua incidência.

6 - A osteoporose é hereditária?
Não significa dizer que, se o histórico familiar é favorável à osteoporose, todos vão desenvolver a doença. Mas é importante, sim, identificar se os pais são portadores de osteoporose. Em caso positivo, deve-se manter cuidado redobrado na prevenção da doença. Explicação: a vitamina D é mais eficiente na absorção do cálcio em algumas pessoas do que em outras e essa característica é hereditária. Descendentes de pessoas que têm menor capacidade de absorção do cálcio no organismo e que apresentaram osteoporose quando adultas têm maior probabilidade de apresentar a doença. Mas nada que bons hábitos alimentares não possam mudar este quadro.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Hanseníase

              A hanseníase é uma doença infecciosa, causada pelo bacilo de Hansen, que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, o Mycobacterium leprae. Acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo, mas pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. É considerada a doença mais antiga do mundo, sendo que até 1976, era conhecida como Lepra, morfeia ou mal de Lázaro. Esta doença tem um passado triste, de discriminação e isolamento dos doentes, que hoje já não existe e nem é necessário, pois a doença pode ser tratada e curada.


Antigamente as pessoas que contraíam a Hanseníase, ou Lepra, eram discriminadas e isoladas
              É uma patologia contagiosa se o portador não estiver sendo tratado. A transmissão se dá de pessoas doentes sem tratamento para outras, por germes eliminados pelas gotículas da fala e que são inalados por outras pessoas penetrando o organismo pela mucosa do nariz, mas podem também estar dispersas no ar. É transmitida ainda pelo contato direto com a pele através de feridas ou secreções dos doentes, sendo necessário um contato íntimo e prolongado para a contaminação, como a convivência de familiares na mesma residência. Mas, como a maioria das pessoas é resistente ao bacilo, somente em torno de 5% das pessoas que entram em contato com estes bacilos, adoecem. Segundo o neurocirurgião Dr. Aramis Pedro Teixeira, nem todas as formas de Hanseníase são contagiosas. Após os primeiros dias de tratamento, aproximadamente 95% dos parasitas são eliminados, e 15 dias depois já não há risco de contágio, já sendo incapaz de transmiti-los a outras pessoas.

              Pode atingir crianças, adultos e idosos de todas as classes sociais, desde que tenham um contato intenso e prolongado com bacilo. Entre os fatores predisponentes estão o baixo nível sócio-econômico, a desnutrição e a superpopulação doméstica. Devido a isso, a doença ainda tem grande incidência nos países subdesenvolvidos. No Brasil, esta doença ainda é endêmica, tendo maior incidência nas regiões Norte e Nordeste. Mais de 700 mil novos casos são diagnosticados no país.

              Sua evolução é crônica, o perídodo de incubação em geral, varia entre dois e cinco anos. As primeiras manifestações consistem em:
- Aparecimento de manchas esbranquiçadas ou avermelhadas em qualquer região do corpo, geralmente dormentes, com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato;
- Sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades;
- Áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor;
- Caroços e placas em qualquer local do corpo;
- Diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos). 

Manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, com dormência no local, são os principais sintomas da Hanseníase  
              Com o avanço da doença, o número de manchas ou o tamanho das já existentes aumenta e os nervos ficam comprometidos, podendo causar deformações em regiões, como nariz e dedos, e impedir determinados movimentos, como abrir e fechar as mãos. Além disso, pode permitir que determinados acidentes ocorram em razão da falta de sensibilidade nessas regiões. 

              "Toda a mancha esbranquiçada ou avermelhada associada à falta de sensibilidade no local, deve ser investigada, assim como as polineuropatias (afecções que comprometem os nervos periféricos levando à dor e alterações de sensibilidade associados ou não à diminuição de forca nos pés e nas pernas)", alerta Dr. Aramis.

              O portador da hanseníase apresenta sinais e sintomas dermatológicos e neurológicos que facilitam o diagnóstico, onde é feito uma avaliação clínica com aplicação de testes de sensibilidade, força motora e palpação dos nervos dos braços, pernas e olhos. Exames laboratoriais, como biópsia, baciloscopia no lóbulo da orelha ou cotovelos e eletroneuromiografia (estudo dos nervos periféricos) também podem ser necessários. 

              A hanseníase tem cura e seu tratamento é gratuito feito em unidades de saude, realizado através de medicamentos via oral, constituído pela associação de dois ou três remédios e é denominado poliquimioterapia. A cura é mais fácil e rápida quanto mais precoce for o diagnóstico.
Os medicamentos para Hanseníase são gratuitos em unidades de saúde  
              Ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, não é necessário o isolamento do paciente, sendo que a presença de amigos e familiares é fundamental para sua cura. A duração do tratamento varia de acordo com a forma da doença: 6 meses para as formas mais brandas e 12 meses para as formas mais graves. Durante este tempo, o hanseniano pode desenvolver suas atividades normais, sem restrições. Em casos de recidivas, novas opcoes de tratamento sao acrescentadas.

              A melhor prevenção é o diagnóstico no início dos sinais e sintomas, antes que as incapacidades ocorram. A hanseníase pode causar inflamação e engrossamento dos nervos (neurites) que, se não diagnosticadas e tratadas de imediato, levam a deformidades, principalmente na face, mãos e pés. Deve-se observar tambem a ausência de cílios e sobrancelhas que são sinais de grande evidência da patologia, diz o neurocirurgião.


              É importante que se divulgue junto à população os sinais e sintomas da doença e a existência de tratamento e cura, através de todos os meios de comunicação. A prevenção baseia-se no exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que compartilham o mesmo domicílio com o portador da doença.


              Na dúvida, busque auxílio médico, pois é a melhor forma de evitar a evolução da doença e também a contaminação de outras pessoas.





Dr. Aramis Pedro Teixeira - Neurocirurgião
Ine - Instituto de Neurocirurgia Evoluir
(45) 3025-3585 / (45) 3029-3460 - Foz do Iguaçu

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Diabetes


O Diabetes afeta cerca de 12% da população no Brasil. É um distúrbio do metabolismo caracterizado por um aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue (hiperglicemia), decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. "O maior problema é que milhões de pessoas tem a doença e não sabem, e ao contrário do que muitos pensam, esta não é uma patologia simples, pois se não for tratada e controlada, pode gerar sérias conseqüências e lesões graves potencialmente fatais, como o infarto do miocárdio, derrame cerebral, cegueira, impotência, nefropatia, úlcera nas pernas, amputações de membros e até a morte", diz o Neurocirurgião Dr. Aramis Pedro Teixeira.

Aparece quando o corpo não consegue fabricar a insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, em quantidade suficiente. A insulina controla a quantidade de açúcar disponível no sangue, para ser usado como fonte de energia, e permite que o excesso de açúcar seja usado pelas células. Quando há falha na produção da insulina, é gerado um alto nível de glicose no sangue, ocasionando a doença.

A diabetes pode agravar várias outras doenças. Aumenta, por exemplo, em até cinco vezes o risco de infarto, porque o excesso de açúcar estreita os vasos sanguíneos, diminuindo o fluxo de sangue. Também pode ocasionar derrame, hipertensão, impotência, problemas pulmonares e insuficiência renal.

             O Diabetes pode causar os seguintes sintomas:
Vontade de urinar diversas vezes (poliúria); 
Sede constante (polidipsia); 
Fome freqüente (polifagia);
- Perda de peso;
- Visão emba
çada;
- Cetoacidose diabética; - Fraqueza e fadiga;
- Fadiga;
- Mudanças de humor;
- Náusea e vômito;
- Infecções cutâneas;
- Infecções vaginais;
- Infecções no prepúcio (pele que cobre o pênis) em homens não circuncisados;
- Sensações não comuns de formigamento, queimação e coceira na pele, normalmente nas mãos e pés.



             Alguns fatores de risco para a doença são:
- Idade acima de 45 anos;
- Obesidade;
- História familiar de diabetes em parentes de 1° grau;
- Diabetes gestacional ou macrossomia prévia;
- Hipertensão arterial sistêmica;
- Colesterol HDL abaixo de 35mg/dl e/ou triglicerídeos acima de 250mg/dl;
- Alterações prévias da regulação da glicose;
- Indivíduos membros de populações de risco (negros, hispânicos, escandinavos e indígenas).

              As complicações causadas pela diabetes se dão basicamente pelo excesso de glicose no sangue, entre elas estao
- Cetoacidose diabética;
- Cegueira;
- Coma;
- Hiperglicemia;
- Amputação;
- Placas de gordura no sangue (Aterosclerose);
- Danos na retina;
- Hipertensão;
- Tromboses e coágulos na corrente sanguínea;
- Problemas dermatológicos;
- Problemas renais como insuficiência renal progressiva (atinge 50% dos pacientes) ;
- Problemas neurológicos, principalmente no pé,como perdade sensibilidade e propriocepção;
- Problemas metabólicos generalizados;
- Fator de risco à periodontite.


             Existem vários tipos de diabetes, os mais comuns são diabetes Tipo 1, Tipo 2 e Gestacional. Cada um ocorre por um defeito diferente, mas os 3 causam níveis elevados de glicose.

- Diabetes tipo 1: Pode começar em qualquer idade, mas é mais comum em crianças  ou jovens com até 35 anos. Aparece quando o sistema imunológico destrói as células betaprodutoras de insulina do pâncreas, que por conseqüência deixa de produzir insulina. Isto significa que o corpo não pode mais usar a glicose como energia e por este motivo, pessoas com diabetes tipo 1 precisam de injeções de insulina todos os dias para se manterem vivas. Devido à hiperglicemia,  os tecidos e células que não dependem da insulina acabam por acumular glicose, o que pode acarretar o desenvolvimento de complicações crônicas da doença. Este tipo de reação também ocorre em outras doenças, como esclerose múltipla, Lupus e doenças da tireóide.

Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem esta patologia. Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença. Mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Pode ser algo próprio do organismo, ou uma causa externa, que desencadeie uma reação no sistema imunológico.

         - Diabetes Mellitus Tipo 2: É o tipo mais comum, ocorre em cerca de 90% dos pacientes de diabetes, geralmente em adultos após os 35 anos de idade. É um distúrbio metabólico caracterizado por qualquer tipo de resistência à insulina que acontecer no metabolismo da pessoa, como é o caso dos grandes obesos (hiperinsulinêmicos).

         O pâncreas não deixa de produzir insulina, o problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões, suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sangüínea. É o chamado diabetes insulino-não-dependente. O início dos sintomas é lento e podem passar despercebidos por longos períodos, dificultando seu diagnóstico e o tratamento.



Sabe-se que o diabetes tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos e podem diminuir drasticamente a taxa glicêmica após o emagrecimento.

Para fazer o diagnóstico da doença o médico questionará sobre os sintomas e fará um exame sobre a taxa de açúcar no sangue podendo também verificar essa taxa em uma amostra da urina.

         O paciente portador Diabetes Mellitus 2, geralmente é tratado à base de dietas, principalmente com a retirada de grande parte dos carboidratos ingeridos, com exercício físico, medicamentos orais, e a combinação destes com a insulina. Diabetes Mellitus 2 não tem cura, resta apenas a administração, esta, que deve ser feita de forma rigorosa ou poderá trazer danos sérios ao paciente.

         - Diabetes gestacional: é definida como um grau de intolerância a glicose que foi primeiramente reconhecida durante a gravidez. A mulher fica com uma quantidade maior que o normal de açúcar no sangue. É uma condição que quase sempre se normaliza sozinha depois que o bebê nasce, ao contrário de outros tipos de diabete, que duram a vida inteira.
         O corpo da mulher grávida precisa produzir insulina extra para atender às necessidades do bebê, principalmente da metade da gravidez em diante. Quando o corpo não é capaz de fazer isso, acontece a diabete gestacional. Nesse período o nível de açúcar no sangue também pode subir devido às mudanças hormonais da gravidez, que interferem na ação da insulina.
         O reconhecimento da doença logo no início da gestação desempenha um papel de extrema importância, pois é possível evitar a morbimortalidade obstétrica e complicações fetais, tais como: macrossomia (fetos muito grandes), imaturidade pulmonar fetal, hipoglicemia (taxa de glicose no sangue abaixo do normal), hipocalcemia (baixo teor de cálcio no sangue) e hiperbilirrubinemia (levando a icterícia) nos recém-nascidos, além de má formação do bebê.

          Se diagnosticada cedo, a mamãe pode ter uma gravidez tranqüila, recebendo orientação especializada e tratamento adequado. Além de realizar uma dieta rigorosa própria para diabéticos para controlar os níveis glicêmicos deve-se monitorá-los constantemente para que permaneçam dentro do padrão de normalidade. É importante para a mãe realizar algumas atividades físicas com exercícios próprios para gestantes, como hidroginástica, caminhada e aulas de alongamento e relaxamento corporal, porém sempre respeitando seus limites.

         Algumas dicas do Dr. Aramis Pedro Teixeira para os pacientes que possuem qualquer tipo de diabetes são:
- Seguir a dieta proposta;
- Comer em horários regulares;
- Comer devagar e mastigar bem os alimentos;
- Ao viajar, pedir refeições para diabéticos (em hotéis e aviões por exemplo);
- Beber água ou outras bebidas não-calóricas quando sentir vontade de comer entre as refeições;
- Limitar a quantidade de bebidas alcoólicas;
- Não confundir light com diet.
"Atenção: Produtos light = com baixa caloria, porém pode conter açúcar; Produtos Diet = ausência de determinada substância (deve-se conferir se esta substância refere-se ao açúcar)", alerta Dr. Aramis.


É importante que pacientes com história familiar de Diabetes sejam orientados a: 
- Manter peso normal;
- praticar atividade física regular;
- não fumar;
- controlar a pressão arterial;
- evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas (cortisona, diuréticos tiazídicos).
Essas medidas, sendo adotadas precocemente, podem resultar no não aparecimento do DM em pessoa geneticamente predisposta, ou levar a um retardo importante no seu aparecimento e na severidade de suas complicações.

É importante fazer exames para medir a glicose a partir dos 35 anos. Quanto mais cedo for descoberta, menor o risco de complicações. É preciso controlar o peso e praticar atividades físicas regularmente (três vezes por semana), pois estas atividades físicas ajudam a manter os níveis de açúcar no sangue sob controle.


Dr. Aramis Pedro Teixeira - Neurocirurgião
Ine - Instituto de Neurocirurgia Evoluir
(45) 3025-3585 / (45) 3029-3460 - Foz do Iguaçu

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Hipertensão Arterial (Pressão alta)

            
            A Hipertensão Arterial, Sistêmica ou Pressão alta, como é conhecida popularmente, é uma das doenças mais comuns do mundo todo. Nas últimas décadas o número de hipertensos tem aumentado progressivamente devido a fatores como maior expectativa de vida, maior incidência de obesidade, sedentarismo e maus hábitos alimentares. 

            A Pressão Alta é caracterizada pelo aumento dos valores da pressão arterial (pressão exercida pelo coração sobre as artérias para bombear o sangue em direção aos outros órgãos), onde as artérias ficam “apertadas” e dificultam a passagem do sangue, razão pela qual o coração precisa exercer uma pressão maior para bombeá-lo. 

            Pressões arteriais elevadas provocam alterações nos vasos sanguíneos e na musculatura do coração, podendo ocorrer insuficiências renal, hipertrofia do ventrículo esquerdo, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e até mesmo morte súbita. 

            Na maioria dos casos não há uma causa conhecida para a hipertensão. Mas, entre algumas causas desta patologia estão:
- Problemas endócrinos e renais;
- Gravidez;
- Uso freqüente de alguns medicamentos como anticoncepcionais, descongestionantes nasais, antidepressivos, corticóides e moderadores de apetite;
- Doenças neurológicas. 
O uso de remédios para emagrecer pode levar a Hipertensão Arterial 

            Os fatores mais comuns que influenciam o aumento da pressão arterial são:
- Hereditariedade (em 90% dos casos); 
- Obesidade; 
- Sedentarismo; 
- Alcoolismo; 
- Estresse; 
- Fumo; 
- Consumo de sal em grandes quantidades; 
- Níveis altos de colesterol; 
- Falta de atividade física.

Álcool e o fumo também são grandes influenciadores do aumento da Pressão Arterial

            Considera-se hipertenso o indivíduo que mantém uma pressão arterial acima de 14x9, durante seguidos exames, pois esta situação inspira cuidados e atenção médica devido ao risco cardiovascular. 

            A incidência de pressão alta é observada em relação a:
- Idade e Sexo: É mais comum em homens do que em mulheres, e em pessoas de idade mais avançada do que nos jovens;
- Genética: Pessoas com antecedentes familiares de hipertensão têm maior predisposição a sofrer da mesma;
- Estresse;
- Excesso de peso (obesidade).


            A maioria das pessoas hipertensas não apresenta sintomas alarmantes ou claramente identificáveis e algumas nem sabem que tem a doença. Estima-se que este número chega a 1/3 das pessoas atingidas. É o que torna a pressão alta perigosa e extremamente nociva, pois o organismo acaba acostumando-se com os níveis elevados e vai comprometendo em silêncio órgãos como o coração, rins, cérebro e olhos. 

            Para os pacientes que sofrem de hipertensão grave, os sintomas podem ser:
- Dor de cabeça;
- Sangramento nasal;
- Tonturas;
- Zumbidos no ouvido;
- Palpitação;
- Dor no peito;
- Falta de ar;
- Inchaço;
- Alterações visuais;
- Perda de memória e de equilíbrio;
- Palidez;
- Problemas urinários associados 
à insuficiência renal;
- Dores nas pernas. 

            Estes sinais demonstram que os órgãos-alvo da doença como rim, coração e cérebro podem estar comprometidos. Nestes casos, convém procurar um médico imediatamente.

            Para se obter o diagnóstico de hipertensão arterial são necessárias de três a seis aferições elevadas, realizadas em dias diferentes, com um intervalo maior que um mês entre a primeira e a última aferição. Deste modo, minimiza-se os fatores confusionais externos. O paciente considerado hipertenso é aquele que apresenta a sua pressão arterial elevada frequentemente e durante vários períodos do dia.

            Todo indivíduo adulto deve pelo menos uma vez a cada dois anos medir sua pressão arterial. Se o paciente for obeso, fumante, diabético ou se tiver história familiar de hipertensão arterial, a pressão deve ser medida com uma periodicidade maior. Já aqueles pacientes sabidamente hipertensos devem medir a pressão arterial pelo menos uma vez por semana para saber se a hipertensão está bem controlada. Hoje em dia já existem aparelhos de medir a pressão arterial automatizados, que podem ser adquiridos pelos pacientes para aferição da pressão em casa.

            A pressão alta não tem cura, mas pode ser controlada com tratamento. Somente o médico poderá determinar o melhor método para cada paciente, mas além dos medicamentos disponíveis atualmente, é imprescindível adotar um estilo de vida saudável:
- Manter o peso adequado;
- Mudar hábitos alimentares, com uma dieta com pouco sal e sem alimentos gordurosos (no caso do sal, é possível utilizar outros temperos mais saudáveis que ressaltam o sabor dos alimentos);
- Praticar atividade física regular;
- Aproveitar momentos de lazer;
- Deixar de fumar;
- Moderar o consumo de álcool;
- Controlar o diabetes. 

O consumo do Sal em grandes quantidades deve ser evitado pelo paciente hipertenso

            É importante ressaltar que além de controlar a doença, estes hábitos ajudam também na prevenção da Hipertensão. Também é recomendável que toda pessoa com mais de 40 anos faça medidas periódicas de pressão – sobretudo quem tem histórico de pressão alta na família. Os tratamentos são destinados a manter a pressão arterial dentro dos limites normais, por um lado insistindo nas formas acima descritas de prevenção, e por outro, mediante medicamentos que, por diferentes ações, mantêm a pressão dentro dos limites normais. Os fármacos mais receitados são diuréticos, betabloqueadores, inibidores da enzima acetil-colinesterase e os vasodilatadores.

            Algumas dicas importantes para prevenir a Pressão Alta:
- Caminhe mais e se exercite regularmente;
- Diminua ou abandone o consumo de bebidas alcoólicas;
- Tente levar os problemas do dia a dia de maneira mais tranqüila;
- Mantenha o peso saudável, procure um profissional de saúde e peça orientação quanto à sua alimentação;
- Compareça às consultas regularmente;
- Não abandone o tratamento;
- Tome a medicação conforme a orientação médica;
- Tenha uma alimentação saudável;
- Diminua o sal da comida.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Diabetes mata uma pessoa a cada dez segundos

              

              A Federação Internacional de Diabetes, ligada à OMS, calcula que ao menos 300 milhões sofram da doença em todo o mundo.
              No Dia Mundial do Diabetes, celebrado hoje, o foco da campanha global, pelo terceiro ano seguido, é orientar a população para prevenir a doença, que mata uma pessoa a cada dez segundos no mundo - conforme estatística da Federação Internacional de Diabetes, ligada à OMS (Organização Mundial da Saúde).

              Estima-se que haja, pelo menos, 300 milhões de pessoas com diabetes em todo o mundo, e no Brasil, são cerca de 11 milhões de portadores, segundo dados do Ministério da Saúde e de sociedades médicas.

               O desconhecimento sobre o que é a doença, os sintomas e o tratamento tem sido um dos obstáculos para conter essa epidemia global. A própria federação internacional estima que metade das pessoas não sabe que tem diabetes.

              Apesar de muitos brasileiros terem um parente ou amigo com a doença, parte deles não sabe como evitá-la. “Muitos têm contato, mas não conseguem ajudar a pessoa próxima (com a doença). E ficam incapazes de prevenir nelas mesmas”, alerta o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Walter Minicucci.

              O diabetes tipo 2, que atinge mais pessoas, ocorre quando há aumento da taxa de açúcar (glicose) no sangue. Os sinais mais comuns são a sede excessiva, a perda de peso, a fome exagerada, a vontade de urinar muitas vezes, a difícil cicatrização de feridas, a visão embaçada, o cansaço e infecções freqüentes. Alguns dos fatores de risco são a obesidade, o sedentarismo e o histórico familiar com casos da doença.

              A prática de exercícios físicos e a alimentação equilibrada ajudam a evitar o diabetes tipo 2, que não tem cura.

              Quando o diabetes não é tratado, aumenta o risco de o paciente ter um ataque cardíaco, ficar cego ou sofrer amputação de uma perna. 

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Curiosidades sobre a Enxaqueca


     Algumas perguntas frequentes sobre a Enxaqueca:                                                           

          Analgésicos resolvem o problema?

     Esse é um dos erros mais comuns -e perigosos- em relação à enxaqueca. Freqüentemente, os pacientes se automedicam com esses remédios, tomando doses progressivamente mais altas. 

     O problema é que o abuso de analgésicos contribui para cronificar as dores. Além disso, nem sempre eles dão conta de acabar com uma crise de enxaqueca. Existem medicamentos específicos para o problema que, apesar de também agravarem as crises quando em excesso, são mais eficazes. 

     A Sociedade Brasileira de Cefaléia recomenda o uso de, no máximo, dois comprimidos por semana (dez por mês) de qualquer remédio para cortar a dor de cabeça.

          Enxaqueca é sinônimo de dor de cabeça?

     A Sociedade Internacional de Cefaléia reconhece mais de 150 modalidades de dor de cabeça (também conhecida como cefaléia). A enxaqueca, ou migrânea, é uma delas. Nesse caso, a dor costuma ser latejante e em 60% das pessoas localiza-se em só um dos lados do crânio. Muitas vezes, vem acompanhada por náuseas, vômitos e sensibilidade a luz, ruídos e cheiros fortes. 

     Em geral, a crise dura de quatro a 72 horas, quando não tratada. Há ainda crises de enxaqueca sem dor de cabeça, quando o paciente tem apenas a aura (veja no próximo item). 

          Quem tem enxaqueca enxerga pontos brilhantes e luzes?

     Apenas um em cada cinco pacientes com enxaqueca apresenta a aura, fenômeno neurológico que faz com que a pessoa enxergue manchas e luzes, fique com os dedos ou os lábios dormentes ou com alterações na fala e nos movimentos, entre outros sintomas. Ela aparece minutos ou poucas horas antes das crises e costuma durar menos de uma hora.

     Mesmo sem apresentar aura, algumas pessoas conseguem perceber que terão crise com uma antecedência de até 24 horas. Bocejos constantes, dificuldade ou brilhantismo de raciocínio e grande necessidade de comer doces são alguns sinais.

          É uma doença inofensiva?

     Apesar de ser considerada uma doença benigna, que raramente gera complicações sérias, a enxaqueca compromete muito a vida do paciente. 

     Além de ficarem menos produtivos e de faltarem ao trabalho e a eventos sociais na hora das crises, muitos sofredores de enxaqueca acabam perdendo oportunidades sociais e profissionais por receio de que a dor apareça. 

     As complicações graves da enxaqueca são raras, mas podem ocorrer. Mulheres que têm aura muito prolongada correm mais risco de ter o chamado infarto migranoso, principalmente se forem fumantes e usarem pílula anticoncepcional.

          Quem tem enxaqueca não pode comer chocolate, queijo e vinho?

     Um quarto dos portadores de enxaqueca tem crises relacionadas a alimentos. Estresse e ansiedade são gatilhos bem mais comuns. No caso de haver relação com a dieta, os culpados variam entre os pacientes e podem causar crises apenas em alguns momentos. Frituras, chocolate, queijos amarelos, embutidos, vinho tinto e cerveja são algumas das comidas e bebidas que mais influenciam. 

     Assim como o abuso de analgésicos, a cafeína presente em alimentos como café e refrigerantes de cola pode cronificar a enxaqueca. Estudos recomendam o limite de 250 mg de cafeína por dia (o equivalente a três xícaras de café). 

     Jejum prolongado, sol forte, odores pronunciados e mudanças de temperatura e de umidade do ar também são gatilhos comuns. Vilão para muitas outras doenças, o cigarro, nesse caso, não influi. Nas mulheres, é muito freqüente que as dores venham associadas ao período menstrual (antes, durante ou logo depois). Também há crises que não são desencadeadas por nenhum gatilho. 

          Comer muita fruta faz bem?

     Nem sempre. Certas frutas, como as cítricas (laranja, limão, abacaxi) e a banana (principalmente a banana d'água), têm substâncias que desencadeiam crises de enxaqueca em algumas pessoas.

          Problemas de vista causam enxaqueca?

     Quase todo mundo que começa a ter dores de cabeça desconfia de que precisa usar óculos ou trocar a lente porque o grau aumentou. Outro grande mito, segundo os especialistas. Miopia, hipermetropia e presbiopia não são causas de dor de cabeça. Só astigmatismos muito graves em crianças causam cefaléia, e mesmo assim não é enxaqueca. 

          Sinusite causa enxaqueca?

     Essa confusão é muito freqüente. Na verdade, as sinusites crônicas não causam dor de cabeça. As agudas sim, mas não têm característica de enxaqueca. Como a própria enxaqueca pode causar congestão nasal, a confusão aumenta. Um estudo americano mostrou que 90% das pessoas que se autodiagnosticavam como tendo dores de cabeça decorrentes de sinusite na verdade tinham enxaqueca. 

          É uma doença de adulto?

     Entre 4% e 8% das crianças têm enxaqueca. A doença é uma grande causa de faltas à escola, e as queixas são confundidas por muitos pais com golpes para não ir à aula. As dores podem começar por volta dos cinco anos de idade e, em aproximadamente 40% dos casos, acabam espontaneamente na puberdade. 

     As crises de dor nessa etapa da vida duram menos (de 30 minutos a duas horas) e podem ser aliviadas com tratamento específico. Apesar de, na fase adulta, a enxaqueca afetar três vezes mais as mulheres, na infância ela é ligeiramente mais freqüente nos meninos. 

          Tem a ver com o fígado e com o estômago?

     Como muitas pessoas tem náusea e vômitos nas crises de enxaqueca, é comum que associem o problema ao estômago e ao fígado. Na verdade, esses incômodos ocorrem como parte do próprio processo químico da dor, que faz com que o estômago se dilate e fique paralisado, causando sensação de indigestão e enjôo. 

     Mesmo o fato de certos alimentos desencadearem episódios de enxaqueca em 
algumas pessoas não tem a ver com a digestão. Na verdade, eles possuem certas substâncias (como tiramina e nitritos) que agem diretamente no cérebro de quem sofre de enxaqueca. 

          Atividades físicas ajudam?

     Nem sempre. A prática de atividades físicas, principalmente aeróbicas, costuma diminuir a freqüência das crises. Mas há pacientes que apresentam um tipo de enxaqueca cujas dores são desencadeadas com a prática de atividades físicas. Alem disso, na hora da crise, os exercícios físicos costumam piorar brutalmente a dor. 

          Passa com a menopausa?

     Para muitas pacientes, a chegada da menopausa traz alívio. Mas, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaléia, apenas 30% das mulheres apresentam melhora significativa nessa fase. Isso ocorre principalmente com aquelas que têm enxaqueca perto do período menstrual.


          Enxaqueca tem tratamento?

     Ainda não há cura, mas hoje existem tratamentos que diminuem muito ou até acabam com as crises. Além dos medicamentos que são tomados na hora da dor, quem tem mais de três crises por mês ou sente dor muito forte, ainda que de vez em quando, pode ter de passar por tratamento preventivo com remédios. 

     Apesar de não serem suficientes para barrar as crises em todas as pessoas, fitoterápicos à base de "feverfew" (ou Tanacetum parthenium), uma planta parecida com a camomila, tiveram sua eficácia preventiva provada em pesquisas.

     Pouco conhecido no Brasil, o biofeedback, método que usa um aparelho com eletrodos que são ligados a diferentes partes do corpo, também é eficiente contra a enxaqueca. Por meio de exercícios, o paciente aprende a controlar reações fisiológicas que mudam com a dor, aliviando-a. 

     Na crise de enxaqueca, por exemplo, a irrigação sangüínea periférica diminui, deixando os dedos das mãos e dos pés mais frios. Os pacientes aprendem a identificar esse sinal e a controlá-lo, fazendo com que o sangue, indiretamente, flua melhor no cérebro, o que traz alívio.

     Uma pesquisa feita recentemente na USP (Universidade de São Paulo) comparou a eficácia do método em dois grupos de 30 pacientes de enxaqueca cada um. Enquanto um tomou remédios preventivos, o outro fez dez sessões de biofeedback. A melhora relatada pelos dois grupos foi semelhante. Em relação à intensidade da dor, quem usou o método disse que diminuiu, em média, 30%, enquanto no primeiro grupo a redução foi de 11%. 

     A toxina botulínica também está sendo testada como uma opção para quem não reage a outros tratamentos, mas o custo-benefício ainda é discutido.

          Tem que tomar remédio por toda a vida?

     Apesar de a enxaqueca ser uma doença crônica, como a hipertensão arterial e o diabetes, a medicação preventiva costuma ser retirada após oito a 12 meses de uso se o paciente estiver bem. Se as crises voltarem, pode ser necessário tomar os remédios por mais um período. 

          Acupuntura resolve o problema?

     Os estudos são controversos. Enquanto alguns mostram bons resultados, outros não provam a eficácia para essa doença. Oficialmente, o poder terapêutico da acupuntura para enxaqueca não está confirmado no meio científico, mas o que médicos e pacientes relatam é que, na prática, muitas pessoas se beneficiam do método. 

     Além de acabar com a dor, muitas vezes de forma imediata, na hora das crises, a técnica é muito usada para preveni-las, seja isoladamente ou em conjunto com medicamentos. Antes de se submeter às agulhas, é importante ter um diagnóstico preciso do problema, afastando outras causas mais graves.

          Dormir bastante ajuda a melhorar?

     Em muitas pessoas, a privação de sono desencadeia dores de cabeça. Mas dormir mais do que se está acostumado também é um gatilho para as crises. Um caso relativamente comum é a chamada "enxaqueca de fim de semana", na qual o paciente só sente dores no sábado e no domingo, quase sempre porque dorme muito mais tempo do que o habitual. O segredo, portanto, é ter um ritmo de sono regulado. 

          Tomar remédio antes de comer um alimento que provoca crise resolve?

     Pode até aliviar a dor no momento. Mas é um procedimento de risco que não deve ser feito rotineiramente, já que induz ao abuso de medicamentos, contribuindo para a cronificação da dor. Os médicos só recomendam em ocasiões muito específicas, como antes de uma prova de vestibular ou de um casamento.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A prevenção da Enxaqueca pode estar na alimentação

 Chocolate, queijo, café, vinho, cerveja e salame são alguns dos principais causadores da Enxaqueca

Grande parte das crises de Enxaqueca são provocadas pela alimentação, veja quais são estes alimentos:
- Temperos e caldos prontos, salgadinhos, bolachas salgadas, sopas prontas, shoyu e molho inglês – a maioria contém glutamato monossódico, um realçador de sabor ativador da enxaqueca;

- Produtos defumados, presunto, salame, salsicha, linguiça, mortadela, peixe em conserva e patês industrializados – a maioria contém alta concentração de nitrito e nitrato, conservantes encontrados em carnes processadas, considerados toxinas pelo organismo;

- Refrigerantes, iogurtes, gelatinas, sorvetes, chocolates e balas – principalmente os que contêm aspartame, um tipo de adoçante deflagrador da doença;

- Manteigas, margarinas, óleos vegetais - contém conservantes de vários tipos, que o corpo entende como toxinas;

- Laranja, tangerina, limão – contêm ácido cítrico e naringina, substâncias que podem provocar reação alérgica e, para quem tem tendência, iniciar a enxaqueca;

- Café, refrigerantes à base de cola e chá preto - contêm cafeína, um estimulante do sistema nervoso central. Algumas pessoas têm sensibilidade a esse componente e seu organismo reage produzindo a crise de enxaqueca;

- Vinho tinto, chocolate e amendoim - contêm teobromina, aminas, ou tiramina, estimulantes do sistema nervoso central. Eles podem causar enxaqueca em pessoas sensíveis a esses componentes.

Da mesma forma que existem os alimentos ativadores da Enxaqueca, há também os que ajudam a evitar estas crises:

 Agrião, couve, cenoura, maçã, kiwi, ovos e grãos integrais são alguns dos alimentos que ajudam a prevenir as Crises de Enxaqueca

- Cenoura, gengibre, maçã e kiwi - esses alimentos antioxidantes ajudam no bloqueio da síntese de prostaglandinas, substâncias produzidas pelo organismo, responsáveis pelos processos inflamatórios. Incluir uma porção desses alimentos por dia no prato ajuda a aliviar a dor;

- Castanha-do-pará e amêndoa - ricas em selênio, atuam no sistema nervoso central e ajudam a diminuir a intensidade das crises. O indicado é comer no máximo três unidades, pois são muito calóricas;

- Ovos, espinafre, escarola, agrião, couve e grãos integrais - são alimentos ricos em vitaminas do complexo B, são antioxidantes e favorecem as funções cerebrais;

- É aconselhado alimentar-se a cada três horas. O ideal é fazer três refeições por dia e dois ou três lanches diários;

- É importante também manter o organismo hidratado. Beba cerca de 2 litros de água por dia, melhor ainda se for água de coco, que repõe os sais minerais (vitais para manter ossos e dentes fortes e para a produção de glóbulos vermelhos).

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Enxaqueca

O vinho e outras bebidas alcoólicas podem causar Enxaqueca

A enxaqueca é uma síndrome neurológica que afeta grande parte da população mundial. "É um desequilíbrio químico no cérebro, mais especificamente nos neurotransmissores do sistema nervoso central, associado a alterações vasomotoras (dilatação dos vasos sanguíneos do encéfalo) também responsáveis pelos fenômenos dolorosos relacionados à face e ao crânio", diz Dr. Aramis Pedro Teixeira, neurocirurgião. Esse desequilíbrio resulta de uma série de outros desequilíbrios neuroquímicos e hormonais, decorrentes do estilo de vida e hábitos do portador da enxaqueca e também de uma predisposição genética. O resultado é uma série de sintomas, que podem ir muito além da dor de cabeça.

A dor de cabeça é o sintoma mais dramático da enxaqueca e sua intensidade, apesar de variável, na maioria dos casos é de moderada a severa. A frequência da enxaqueca varia de indivíduo para indivíduo. Alguns casos são semanais, mas podem ser diários.

Algumas características da enxaqueca são:
- Cefaléia unilateral ou bilateral (sendo na maioria dos casos unilateral);
- Dor pulsátil e latejante;
- Crises com dor de intensidade moderada a intensa que podem prejudicar as atividades diárias;
- Quanto mais se exerce a atividade física rotineira, mais piora a dor.

Uma das principais características da Enxaqueca é a Dor de Cabeça unilateral

Os demais sintomas da enxaqueca compreendem: tontura, náuseas (enjôo), vômitos, aversão à claridade, ao barulho, aos cheiros, hipersensibilidade do couro cabeludo, visão embaçada, bocejos repetidos, lacrimejamento, irritabilidade, flutuações do humor, depressão (mesmo fora das crises), hiper-atividade, ansiedade, dificuldades de memória, diminuição da força muscular de um lado do corpo e formigamentos. "Um indivíduo não precisa apresentar todos estes sintomas para ter enxaqueca, mas sim alguns deles em graus variados", diz Dr. Aramis.

Segundo o neurocirurgião, algumas pessoas apresentam um sintoma adicional chamado aura, que são manifestações do sistema nervoso (geralmente visuais), que acontecem minutos  antes de uma crise de enxaqueca. Essas manifestações podem incluir distúrbios visuais (como visão embaçada, dupla, manchas brilhantes, escurecimento da visão e cegueira parcial de um ou ambos os olhos) ou ainda sintomas auditivos, sensitivos e motores. A enxaqueca pode ser precedida também por uma alteração do humor (euforia, depressão, irritabilidade) e do apetite (perda de apetite ou vontade de comer doces).

A dor de cabeça da enxaqueca pode ser muito forte, a ponto de impedir o indivíduo de exercer qualquer atividade, obrigando-o a ficar deitado, num quarto escuro, em silêncio, durante horas ou dias. O paciente torna-se muito irritável, preferindo ser deixado sozinho.

A pessoa que tem fortes crises de Enxaqueca, tem seu humor alterado e sente vontade de ficar sozinho

Boa parte das crises de enxaqueca termina com o sono ou quando a pessoa vomita (principalmente as crianças). Ao fim de uma crise de enxaqueca, o paciente sente-se como que de ressaca, podendo apresentar, por mais de um dia, tolerância limitada para atividades físicas e mentais.

Os desencadeantes da enxaqueca podem ser diferentes para cada pessoa, sendo um ou mais fatores, como:
- Ambiente/Comportamento: Alguns desencadeantes são: luz forte, ruídos altos, alterações climáticas e alterações de comportamento, como por exemplo, dormir demais ou de menos, jejum, alteração na dieta, etc.

- Estresse: O estresse, em algumas pessoas, pode facilitar a enxaqueca. Avaliar o estilo de vida pode auxiliar na identificação de fatores que estejam contribuindo para a enxaqueca.

- Alimentos: Alguns dos alimentos que podem contribuir para o início da enxaqueca são: Chocolate, queijo, café, refrigerantes, frutas cítricas, bebidas alcoólicas fermentadas, salame, lingüiça, mortadela, e os que contêm glutamato monossódico (um realçador de sabor da comida chinesa, mas que também é adicionado a milhares de alimentos que os brasileiros comem), como temperos e caldos prontos, salgadinhos, bolachas salgadas, sopas prontas, shoyu, molho inglês, e também adoçantes em geral, como o aspartame.

O suco de Laranja é um dos desencadeantes da Enxaqueca

Um dos maiores problemas da enxaqueca é que ela pode ser desencadeada por uma série de "gatilhos", tornando a pessoa mais vulnerável a saídas da rotina, quanto mais agravada estiver a sua doença. Sair de casa em dias muito claros, frequentar lugares aglomerados, passar por emoções fortes, acordar mais tarde que de costume, dormir durante o dia, atrasar refeições, beber uma simples taça de vinho ou comer certos pratos, já pode ser suficiente para desencadear muita dor e outros sintomas. Até exercícios físicos fora da rotina do indivíduo podem desencadear crises. Um bom tratamento visa justamente dessensibilizar o indivíduo, para que ele possa desfrutar de todos esses fatores sem precisar passar por uma crise de dor e outros sintomas.

O diagnóstico da enxaqueca é clínico, com exame físico e neurológico, além de um histórico completo da cefaléia. "Eventualmente, pode ser necessária a realização de exames complementares, como ressonância magnética de crânio e eletroencefalograma", diz Dr. Aramis Pedro Teixeira.

O tratamento da Enxaqueca consiste em:
- Diagnóstico correto do tipo de cefaléia;
- Controle dos fatores que geram as crises;
- Tratamento com medicamentos abortivos das crises (antiinflamatórios ou remédios específicos para enxaqueca, como os triptanos, que são drogas que agem nos mecanismos responsáveis pelo desencadeamento da dor de cabeça);
- Tratamento com medicamentos para prevenir as crises (quando forem muito incapacitantes ou com pobre resposta aos medicamentos abortivos). Podem ser utilizados antidepressivos tricíclicos em baixas doses (desta forma servem para tratar dor e não depressão), betabloqueadores ou anticonvulsivantes. Mais modernamente o uso de neuromoduladores vem sendo amplamente empregado;
- Uso de técnicas de relaxamento, terapias cognitivas, comportamentais, dietas, fisioterapias, psicoterapias e acupunturas.
O tratamento tem um resultado melhor, quando associado a medidas comportamentais, que ajudam a identificar os desencadeantes e evitá-los. Para isto é utilizado o diário da enxaqueca, onde se faz um registro das atividades, alimentos e suas relações com a dor. A prática de atividades físicas moderadas e regulares também é estimulada por ser um mecanismo natural de regulação da dor.

Algumas dicas do Dr. Aramis Pedro Teixeira para quem possui enxaqueca são:

- Procurar não fumar ou ficar perto de quem fuma;
- Evitar o consumo diário de cafeína (café, refrigerantes, entre outros);
- Beber bastante água ou água de coco.
- Não tomar pílula anticoncepcional. Procure métodos sem hormônios;
- Não fazer reposição hormonal convencional;
- Ir dormir mais cedo;
- Procurar acordar todos os dias no mesmo horário;
- Não pular refeições, especialmente a da manhã;
- Fazer de preferência seis refeições ao dia;
- Manter atividade física regular.

Para se prevenir a enxaqueca, primeiramente o indivíduo deve tentar estabelecer quais são os fatores desencadeantes para suas crises de dor de cabeça e assim evitá-los, na medida do possível, associando aos métodos preventivos.


Dr. Aramis Pedro Teixeira - Neurocirurgião
Ine - Instituto de Neurocirurgia Evoluir
(45) 3025-3585 / (45) 3029-3460 - Foz do Iguaçu