quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Diabetes


O Diabetes afeta cerca de 12% da população no Brasil. É um distúrbio do metabolismo caracterizado por um aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue (hiperglicemia), decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. "O maior problema é que milhões de pessoas tem a doença e não sabem, e ao contrário do que muitos pensam, esta não é uma patologia simples, pois se não for tratada e controlada, pode gerar sérias conseqüências e lesões graves potencialmente fatais, como o infarto do miocárdio, derrame cerebral, cegueira, impotência, nefropatia, úlcera nas pernas, amputações de membros e até a morte", diz o Neurocirurgião Dr. Aramis Pedro Teixeira.

Aparece quando o corpo não consegue fabricar a insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, em quantidade suficiente. A insulina controla a quantidade de açúcar disponível no sangue, para ser usado como fonte de energia, e permite que o excesso de açúcar seja usado pelas células. Quando há falha na produção da insulina, é gerado um alto nível de glicose no sangue, ocasionando a doença.

A diabetes pode agravar várias outras doenças. Aumenta, por exemplo, em até cinco vezes o risco de infarto, porque o excesso de açúcar estreita os vasos sanguíneos, diminuindo o fluxo de sangue. Também pode ocasionar derrame, hipertensão, impotência, problemas pulmonares e insuficiência renal.

             O Diabetes pode causar os seguintes sintomas:
Vontade de urinar diversas vezes (poliúria); 
Sede constante (polidipsia); 
Fome freqüente (polifagia);
- Perda de peso;
- Visão emba
çada;
- Cetoacidose diabética; - Fraqueza e fadiga;
- Fadiga;
- Mudanças de humor;
- Náusea e vômito;
- Infecções cutâneas;
- Infecções vaginais;
- Infecções no prepúcio (pele que cobre o pênis) em homens não circuncisados;
- Sensações não comuns de formigamento, queimação e coceira na pele, normalmente nas mãos e pés.



             Alguns fatores de risco para a doença são:
- Idade acima de 45 anos;
- Obesidade;
- História familiar de diabetes em parentes de 1° grau;
- Diabetes gestacional ou macrossomia prévia;
- Hipertensão arterial sistêmica;
- Colesterol HDL abaixo de 35mg/dl e/ou triglicerídeos acima de 250mg/dl;
- Alterações prévias da regulação da glicose;
- Indivíduos membros de populações de risco (negros, hispânicos, escandinavos e indígenas).

              As complicações causadas pela diabetes se dão basicamente pelo excesso de glicose no sangue, entre elas estao
- Cetoacidose diabética;
- Cegueira;
- Coma;
- Hiperglicemia;
- Amputação;
- Placas de gordura no sangue (Aterosclerose);
- Danos na retina;
- Hipertensão;
- Tromboses e coágulos na corrente sanguínea;
- Problemas dermatológicos;
- Problemas renais como insuficiência renal progressiva (atinge 50% dos pacientes) ;
- Problemas neurológicos, principalmente no pé,como perdade sensibilidade e propriocepção;
- Problemas metabólicos generalizados;
- Fator de risco à periodontite.


             Existem vários tipos de diabetes, os mais comuns são diabetes Tipo 1, Tipo 2 e Gestacional. Cada um ocorre por um defeito diferente, mas os 3 causam níveis elevados de glicose.

- Diabetes tipo 1: Pode começar em qualquer idade, mas é mais comum em crianças  ou jovens com até 35 anos. Aparece quando o sistema imunológico destrói as células betaprodutoras de insulina do pâncreas, que por conseqüência deixa de produzir insulina. Isto significa que o corpo não pode mais usar a glicose como energia e por este motivo, pessoas com diabetes tipo 1 precisam de injeções de insulina todos os dias para se manterem vivas. Devido à hiperglicemia,  os tecidos e células que não dependem da insulina acabam por acumular glicose, o que pode acarretar o desenvolvimento de complicações crônicas da doença. Este tipo de reação também ocorre em outras doenças, como esclerose múltipla, Lupus e doenças da tireóide.

Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem esta patologia. Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença. Mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Pode ser algo próprio do organismo, ou uma causa externa, que desencadeie uma reação no sistema imunológico.

         - Diabetes Mellitus Tipo 2: É o tipo mais comum, ocorre em cerca de 90% dos pacientes de diabetes, geralmente em adultos após os 35 anos de idade. É um distúrbio metabólico caracterizado por qualquer tipo de resistência à insulina que acontecer no metabolismo da pessoa, como é o caso dos grandes obesos (hiperinsulinêmicos).

         O pâncreas não deixa de produzir insulina, o problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões, suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sangüínea. É o chamado diabetes insulino-não-dependente. O início dos sintomas é lento e podem passar despercebidos por longos períodos, dificultando seu diagnóstico e o tratamento.



Sabe-se que o diabetes tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos e podem diminuir drasticamente a taxa glicêmica após o emagrecimento.

Para fazer o diagnóstico da doença o médico questionará sobre os sintomas e fará um exame sobre a taxa de açúcar no sangue podendo também verificar essa taxa em uma amostra da urina.

         O paciente portador Diabetes Mellitus 2, geralmente é tratado à base de dietas, principalmente com a retirada de grande parte dos carboidratos ingeridos, com exercício físico, medicamentos orais, e a combinação destes com a insulina. Diabetes Mellitus 2 não tem cura, resta apenas a administração, esta, que deve ser feita de forma rigorosa ou poderá trazer danos sérios ao paciente.

         - Diabetes gestacional: é definida como um grau de intolerância a glicose que foi primeiramente reconhecida durante a gravidez. A mulher fica com uma quantidade maior que o normal de açúcar no sangue. É uma condição que quase sempre se normaliza sozinha depois que o bebê nasce, ao contrário de outros tipos de diabete, que duram a vida inteira.
         O corpo da mulher grávida precisa produzir insulina extra para atender às necessidades do bebê, principalmente da metade da gravidez em diante. Quando o corpo não é capaz de fazer isso, acontece a diabete gestacional. Nesse período o nível de açúcar no sangue também pode subir devido às mudanças hormonais da gravidez, que interferem na ação da insulina.
         O reconhecimento da doença logo no início da gestação desempenha um papel de extrema importância, pois é possível evitar a morbimortalidade obstétrica e complicações fetais, tais como: macrossomia (fetos muito grandes), imaturidade pulmonar fetal, hipoglicemia (taxa de glicose no sangue abaixo do normal), hipocalcemia (baixo teor de cálcio no sangue) e hiperbilirrubinemia (levando a icterícia) nos recém-nascidos, além de má formação do bebê.

          Se diagnosticada cedo, a mamãe pode ter uma gravidez tranqüila, recebendo orientação especializada e tratamento adequado. Além de realizar uma dieta rigorosa própria para diabéticos para controlar os níveis glicêmicos deve-se monitorá-los constantemente para que permaneçam dentro do padrão de normalidade. É importante para a mãe realizar algumas atividades físicas com exercícios próprios para gestantes, como hidroginástica, caminhada e aulas de alongamento e relaxamento corporal, porém sempre respeitando seus limites.

         Algumas dicas do Dr. Aramis Pedro Teixeira para os pacientes que possuem qualquer tipo de diabetes são:
- Seguir a dieta proposta;
- Comer em horários regulares;
- Comer devagar e mastigar bem os alimentos;
- Ao viajar, pedir refeições para diabéticos (em hotéis e aviões por exemplo);
- Beber água ou outras bebidas não-calóricas quando sentir vontade de comer entre as refeições;
- Limitar a quantidade de bebidas alcoólicas;
- Não confundir light com diet.
"Atenção: Produtos light = com baixa caloria, porém pode conter açúcar; Produtos Diet = ausência de determinada substância (deve-se conferir se esta substância refere-se ao açúcar)", alerta Dr. Aramis.


É importante que pacientes com história familiar de Diabetes sejam orientados a: 
- Manter peso normal;
- praticar atividade física regular;
- não fumar;
- controlar a pressão arterial;
- evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas (cortisona, diuréticos tiazídicos).
Essas medidas, sendo adotadas precocemente, podem resultar no não aparecimento do DM em pessoa geneticamente predisposta, ou levar a um retardo importante no seu aparecimento e na severidade de suas complicações.

É importante fazer exames para medir a glicose a partir dos 35 anos. Quanto mais cedo for descoberta, menor o risco de complicações. É preciso controlar o peso e praticar atividades físicas regularmente (três vezes por semana), pois estas atividades físicas ajudam a manter os níveis de açúcar no sangue sob controle.


Dr. Aramis Pedro Teixeira - Neurocirurgião
Ine - Instituto de Neurocirurgia Evoluir
(45) 3025-3585 / (45) 3029-3460 - Foz do Iguaçu

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