terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Osteoporose


        É uma doença que acomete os ossos de forma progressiva, que provoca descalcificação e diminuição de sua resistência, tornando-os frágeis, porosos, ocos e mais sujeitos a fraturas. A osteoporose diminui a massa óssea a tal ponto que os ossos passam a fraturar-se espontaneamente em atividades comuns do cotidiano, como, por exemplo, o ato de sentar-se com rapidez, que pode levar a uma fratura no quadril. 


        Ocorre principalmente durante o processo normal de envelhecimento, atingindo com mais freqüência às mulheres (3 em cada 4 doentes são do sexo feminino), uma vez que estas possuem ossos menos maciços em relação aos homens. Outro fator que torna as mulheres mais suscetíveis a esta doença, é a queda bastante acentuada de estrogênio que elas sofrem durante a menopausa. "Esta queda faz com que os ossos passem a absorver menos cálcio do que o necessário para seu equilíbrio e manutenção, tornando-os porosos, e, conseqüentemente, extremamente frágeis", diz o neurocirurgião Dr. Aramis Pedro Teixeira.


        A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas antes que aconteça algo de maior gravidade, como uma fratura, que costuma ser espontânea, isto é, não relacionada à trauma. Se não forem feitos exames diagnósticos preventivos a osteoporose pode passar despercebida, até que tenha gravidade maior. 

Existem vários fatores de risco para a doença, entre eles estão:
- Genéticos: Raça branca ou asiática, histórico familiar de osteoporose, baixa estatura, massa muscular pouco desenvolvida;
- Estilo de Vida: Baixa ingestão de cálcio, sedentarismo, pouca atividade física,  pouca exposição solar, tabagismo, alcoolismo, dieta vegetariana;
- Ginecológicos: Menopausa precoce sem reposição hormonal, primeira menstruação tardia, retirada cirúrgica de ovários sem reposição hormonal, diminuição da função ovariana por insuficiência vascular.

A osteoporose é uma doença silenciosa e só costuma causar sintomas em fases avançadas. Os principais são as dores ósseas, principalmente dor lombar, fraturas e redução da estatura por colapsos das vértebras da coluna. Os locais mais comuns de fratura são:
- Coluna: A osteoporose, alem de causar frequentes fraturas nas vértebras da coluna, provoca o encolhimento destas vértebras, ossos doloridos e costas corcundas. A chamada ''corcunda de viúva'' é uma deformação comum e pode até levar à diminuição de tamanho do doente.

- Pulso: Por ser um ponto de apoio, é uma área na qual as fraturas acontecem 
normalmente. Os ossos sensíveis têm pouca estrutura para sustentar o peso do corpo quando cai.
- Fêmur: Também muito comum entre os que desenvolvem a doença. É frequente tanto em homens quanto em mulheres, principalmente depois dos 65 anos. A recuperação costuma ser lenta.
- Quadril: Outro ponto fraco entre os que têm a doença. As fraturas de bacia são difíceis de cicatrizar e podem levar à invalidez. Estudos mostram que em torno de 50% dos que fraturam o quadril não conseguem mais andar sozinhos.



Os sintomas são secundários às fraturas. Quando ocorre nas vértebras, a dor pode ser de dois tipos. Uma é aguda, localizada, intensa, mantendo a paciente imobilizada e relacionada com fratura em andamento. Em situações de dor aguda, inicialmente ela pode ser mal localizada, espasmódica e com irradiação anterior ou para bacia e membros inferiores. A fratura vertebral pode ainda não ser observável com precisão em exame radiológico, dificultando o diagnóstico. Quando a deformidade vertebral residual é grave, pode permanecer sintomatologia dolorosa de intensidade variável ou esta aparecer tardiamente.

Também ocorrendo com freqüência, a dor pode ser de longa duração e localizada mais difusamente. Nestes casos, ocorreram microfraturas que levam a deformidades vertebrais e anormalidades posturais e conseqüentes complicações degenerativas em articulações e sobrecarga em músculos, tendões e ligamentos. Nova fratura vertebral é comum, repetindo-se o quadro clínico. Nas pacientes com dor persistente, esta se localiza na região  das nádegas e coxas. Nesta etapa da evolução da doença as pacientes já terão sua altura diminuída em alguns centímetros às custas das compressões dos corpos vertebrais e do achatamento das vértebras dorsais.

O dorso curvo (cifose dorsal) é característico e escoliose (curvatura lateral) lombar e dorsal aparecem com grande freqüência. Com a progressão da cifose dorsal há projeção para baixo das costelas e conseqüente aproximação à bacia, provocando dor local que pode ser bastante incômoda. Nos casos mais avançados, a inclinação anterior da bacia leva a alongamento exagerado da musculatura posterior de membros inferiores e contratura em flexão dos quadris e consequentes distúrbios para caminhar.

          De acordo com o neurocirurgião Dr. Aramis, diagnóstico precoce faz-se através de uma densitometria óssea ou cintilografia, que permite identificar as categorias e avaliar o risco de fratura. Podem ser feitas, também, avaliações laboratoriais e radiogramas da coluna dorsal e lombar de perfil, para rastrear a presença de deformação vertebral, entre outros exames.

        O tratamento desta patologia se dá na maioria das vezes com terapia hormonal, cálcio, vitamina D, exercícios apropriados, exposição ao sol e, em alguns casos  implica em uso contínuo de medicações, como por exemplo alendronato de sódio, suplementos de cálcio e de vitamina D e o uso de orteses. É importante também que sejam adotadas medidas simples para se evitar quedas, tais como retirar tapetes, disposição adequada de móveis, evitar o uso indiscriminado de tranqüilizantes. Não se deve proibir o portador de osteoporose de andar, caminhar, tomar sol pelo medo da fratura, mas adequar sua vida e reduzir seus riscos.


           Segundo Dr. Aramis Pedro Teixeira, a osteoporose pode ter sua evolução retardada por medidas preventivas, portanto além do acompanhamento médico e da exposição ao sol, algumas alternativas para se evitar e prevenir a osteoporose são:
- Ingestão adequada de cálcio: Dieta com alimentos ricos em cálcio como leite e derivados, verduras como brócolis e repolho, além de camarão, salmão e ostra;
- Reposicao hormonal nas mulheres: A reposição hormonal do estrógeno em mulheres na menopausa consegue evitar a osteoporose
- Atividades físicas: A introdução de exercícios físicos adequados, especialmente atividades aeróbicas e também aquelas que incluam levantamento de peso (sempre com acompanhamento de um educador físico) são as mais recomendadas.




Dr. Aramis Pedro Teixeira - Neurocirurgião
Ine - Instituto de Neurocirurgia Evoluir
(45) 3025-3585 / (45) 3029-3460 - Foz do Iguaçu



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