quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Tratamento da Artrose

                 A maioria dos tratamentos bem sucedidos para artrose, ou osteoartrite, envolvem uma combinação elaborada para as necessidades, estilo de vida e saúde do paciente. A maioria dos tratamentos para a doença incluem formas de controlar a dor e melhorar a funcionalidade. Tais tipos de tratamento podem incluir exercício físico, controle de peso, descanso e alívio do estresse sobre as articulações, técnicas para alívio da dor, remédios, cirurgia e terapias complementares.

                  Exercício físico - Pesquisas mostram que exercício físico feito de forma correta é uma das melhores formas de tratamento para artrose. Além de controlar o peso e melhorar o estado de condicionamento físico, ainda podem ajudar a diminuir a dor, melhorar a flexibilidade, fortalecer o coração e melhorar a circulação sanguínea. A quantidade e o tipo de exercício dependerá de quais articulações apresentam artrose, o quanto estáveis elas estão, e se já foi feito alguma substituição de articulações. Caminhada, natação e aeróbica na água são alguns tipos populares de exercício físico aconselhados para os pacientes. 

                                  

                  Controle de peso - Os portadores da patologia que estejam acima do peso ou obesos devem tentar emagrecer. O controle do peso reduz o estresse nas articulações que suportam peso, limita lesões futuras, e aumenta a mobilidade. Neste caso o aconselhado é desenvolver hábitos alimentares saudáveis com uma dieta saudável e também fazer exercícios físicos regularmente.

                  Descanso e alívio do estresse sobre as articulações - Planos de tratamento para artrose geralmente incluem o descanso. Pacientes devem aprender a reconhecer os sinais do corpo e quando parar ou diminuir suas atividades. Isso prevenirá a dor causada pelo esforço excessivo. Embora a dor possa tornar o sono difícil, dormir apropriadamente é importante para controlar a dor da artrose. Se a pessoa tem problemas para dormir, deve procurar por técnicas de relaxamento e alívio do estresse, além de agendar o horário dos remédios de forma que obtenha o máximo de alívio da dor durante a noite.

                  Alívio da dor - Há algumas formas de alívio da dor para pessoas com artrose como:
- Calor ou frio: Calor ou frio (ou a combinação dos dois) pode ser útil no alívio da dor das articulações. Calor pode ser aplicado de diferentes formas para aumentar o fluxo de sangue e melhorar a dor e rigidez. Em alguns casos, bolsas de gelo reduzem a inflamação e aliviam a dor.
 - TENS: Essa é uma técnica que usa um pequeno aparelho eletrônico para direcionar pulsos elétricos moderados às terminações nervosas na área dolorida.
- Massagem: A massoterapia podem ser útil porém, como as articulações com artrose são sensíveis, o massoterapeuta deve estar familiarizado com os problemas da doença.ontrolar a dor
                  
                 Os médicos podem prescrever remédios para eliminar ou reduzir a dor. Eles consideram vários fatores quando receitam remédios para os pacientes com artrose, como por exemplo a intensidade da dor, efeitos colaterais potenciais, histórico médico e outras medicações que estão sendo tomadas.

                  Para muitas pessoas a cirurgia ajuda a aliviar a dor e os efeitos desabilitantes da artrose. O cirurgião pode substituir as articulações afetadas por próteses. A decisão de utilizar a cirurgia depende de vários fatores, incluindo a idade do paciente, ocupação, nível de desabilitação causado pela artrose, intensidade da dor, e grau com que a doença afeta o estilo de vida. Depois da cirurgia e reabilitação, o paciente geralmente sente menos dor e inchaço, e pode mover-se mais facilmente.

                  Quando o tratamento médico convencional não promove alívio suficiente para a dor, algumas pessoas tentam terapias complementares. A seguir algumas dessas terapias usadas para tratamento da artrose:
- Acupuntura: Algumas pessoas têm encontrado alívio da dor usando acupuntura.
- Remédios populares: Esse incluem beber chás de ervas, usar bracelete de cobre, tomar banho de lama, etc. Ainda que algumas dessas opções por si mesmas não sejam perigosas, não há comprovação que elas ajudem no tratamento de artrose, além de poderem ser caras e fazer com que as pessoas atrasem ou abandonem o tratamento médico.
- Suplementos nutricionais: Nutrientes com a glicosamina e sulfato de condroitina têm sido reportados por melhorar os sintomas de pessoas com artrose. Estudos adicionais estão sendo feitos para avaliação mais profundamente dessas alegações.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Artrose


A artrose (osteoartrite ou osteoartrose) é um processo degenerativo  de desgaste da cartilagem que afeta principalmente as articulações que suportam peso ou as que fazem movimentos em excesso, como joelho, coluna, pescoço, quadril, mãos e pés. " É uma  doença crônica e promove a limitação da função articular levando à instalação progressiva de dor, causando inflamação articular e destruição da cartilagem articular devido a perda de proteínas (proteoglicans e colágeno) e fissuras hialinas, levando até mesmo à deformação" diz o neurocirurgião Dr. Aramis Pedro Teixeira. É considerada a forma mais comum do reumatismo (conjunto de doenças que afetam articulação, músculo e esqueleto).

Esta doença vincula-se ao envelhecimento das articulações, ligado ao passar do tempo. Mesmo iniciando-se geralmente por volta dos 40 anos, também pode aparecer de forma precoce como conseqüência de traumatismos ou problemas congênitos que afetem a articulação. Em geral, o envelhecimento e a sobrecarga da articulação fazem com que a cartilagem desidrate, desgaste e perca agilidade e elasticidade.

Processo de Degeneração da CartilagemEm uma articulação normal, a cartilagem (material elástico esbranquiçado) cobre o topo dos ossos permitindo seu deslizamento suave, reduzindo e absorvendo o impacto dos movimentos. Com a artrose esta cartilagem deteriora-se com o passar do tempo, perdendo progressivamente sua elasticidade, dessecando-se, desgastando-se e expondo o osso epifisário. Essa necrose da cartilagem articular aparece nos pontos em que a pressão se apresenta máxima.

 

Primeiramente, o roçar constante dos ossos leva à degeneração da cartilagem. O líquido sinovial, que lubrifica a cartilagem,diminue e  perde a qualidade e a região pode corroer mais facilmente.


Os constantes traumatismos na articulação que ocorrem devido ao peso excessivo e movimentos repetitivos, levam ao desgaste completo da cartilagem. Com o tempo, a dor começa a aparecer.


Na ausência completa da almofada da cartilagem, os ossos roçam diretamente entre si, causando atrito, dor e limitação de movimentos. Podem também sofrer deformação visível.


Em casos mais graves, fragmentos de cartilagem ou do osso soltam-se para o interior da articulação, podendo bloquear os movimentos. Os tendões e ligamentos que sustentam a articulação ainda podem romper ou inflamar.


As causas da artrose ainda são mal compreendidas, estresses biomecânicos capazes de atingir a cartilagem articular e osso subcondral, alterações bioquímicas na cartilagem e membrana sinovial, além de fatores genéticos são itens importantes em sua patogênese.

Alguns fatores que influenciam no surgimento desta doença são:
Genéticos – Sexo, etnia, distúrbios e alterações genéticas dos ossos e articulações.
Não-genéticos – Idade avançada, obesidade, menopausa, doenças articulares ou ósseas adquiridas.
Ambientais – Ocupação, trauma articular, lesões e atividades esportivas.
Infecciosos Bactérias (gonococo, clamídea, etc)
Doenças Crônicas – Diabetes, tuberculose, nefropatia, tireoidopatias e outras doenças endócrinas.

Há alguns exercícios físicos que se forem feitos sem um acompanhamento médico, podem desencadear ou agravar uma artrose. Entre os mais arriscados estão:
- Balé, para o tornozelo
- Boxe, para as mãos
- Ciclismo, para os joelhos
- Corrida, para os joelhos e quadril
- Futebol, para o pé, tornozelo, joelho e quadril
- Musculação, para a coluna

                Os sintomas da artrose aparecem quando ocorre lesão do osso e do aparelho capsulosinovial (membrana que envolve uma articulação). O início é insidioso e a evolução é lentamente progressiva. Os pacientes portadores da doença descrevem os seguintes sintomas:
- Sensações de incômodo em uma ou mais juntas do corpo (geralmente pela manhã, ou após ficar muito tempo parada em uma mesma posição);
- Dor nos joelhos (ao subir e descer escadas ou ao agachar por exemplo);
- Rigidez no local;
- Dificuldade nos movimentos;
- Ruídos nas articulações;
- Inchaço;
- Falta de firmeza.  

Com o aumento do desgaste, as dores aumentam e ficam mais freqüentes, geralmente relacionadas com o inicio dos movimentos e ao excesso, como por exemplo, ao levantar de uma cadeira após algum tempo sentado e após uma caminhada um pouco maior do que a habitual. Aos poucos o paciente passa a sentir mais dor e ainda a limitação da função articular, devido ao atrito das superfícies articulares. Quando o desgaste passa de moderado para avançado, algumas articulações começam a deformar, como é o caso das mãos e joelhos.
            Acredita-se que só o fato de uma articulação estar comprometida já é suficiente para que se desenvolva atrofia muscular, mas certamente a falta de movimentos completos e a inatividade são fatores coadjuvantes importantes. Em casos extremos, os pacientes necessitam fazer uso de bengalas ou muletas. Raramente um paciente com Osteoartrite de quadris ou joelhos vai para cadeira-de-rodas.

Os pontos mais comuns de manifestação da doença são:
- Mãos: É mais freqüente em mulheres. Pode haver comprometimento exclusivo das articulações próximas às unhas. Estas articulações ficam com proeminências ósseas duras e de distribuição irregular, podendo afetar a capacidade de preensão. Um local comumente envolvido é a articulação abaixo do polegar. A gravidade é variável, nem sempre afeta a função das mãos, mas há casos de deslocamento do polegar para a região palmar e dor forte ao segurar objetos.


- Pés: É comum o joanete, resultado de um defeito da posição dos ossos que formam a articulação do grande artelho com o médio-pé e também do atrito provocado pelo uso de calçados, que forma uma bursa (cisto abaixo da pele) que inflama e dói. Vários defeitos posturais ou da mecânica dos pés que não são corrigidos com calçados apropriados, exercícios, palmilhas ou cirurgia podem levar a artrose. Os pés podem ficar bastante deformados e rígidos, dificultando o caminhar e o uso de calçados.

- Quadris: Geralmente causada por defeitos da bacia ou fêmur congênitos ou adquiridos precocemente. Quando as duas articulações estão envolvidas, a obesidade é um fator importante. A dor pode localizar-se na virilha, nádega, parte externa ou interna da coxa e, menos freqüentemente, irradiar-se ou ser unicamente no joelho. Em todas as situações haverá progressiva limitação dos movimentos da coxa, sendo comum dificuldade para colocar calçados e vestir calças.

No diagnóstico da artrose o médico leva em conta as queixas referidas pelo doente, com destaque para a localização, duração e características da dor, bem como também para o nível de amplitude articular. Se o exame clínico das articulações afetadas não for suficiente para estabelecer um diagnóstico, certos meios auxiliares de diagnóstico, como as radiografias simples, digitais, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, podem revelar nos ossos e articulações, e a eletroneuromiografia as alterações dos nervos, características da doença.

Apesar de não haver métodos para que se possa reverter a artrose, é possível diminuir a dor e a rigidez das articulações, e também melhorar os movimentos. Para se obter um tratamento bem sucedido para artrose, ou osteoartrite, é necessário uma combinação elaborada das necessidades, estilo de vida e saúde do paciente. O tratamento deve iniciar-se o quanto antes para a obtenção de melhores resultados. São incluídas formas de controlar a dor e melhorar a funcionalidade, como: exercícios de alongamento, de postura, fortalecimento muscular, controle de peso, fisioterapia, descanso, alívio do estresse sobre as articulações, além de remédios como analgésicos e antiinflamatórios. Existem casos em que é necessário injetar medicamentos diretamente nas articulações. Há outros, ainda, que é preciso realizar cirurgias para a implantação de próteses articulares a fim de melhorar a movimentação e aliviar a dor.

                O neurocirurgião Dr. Aramis Pedro Teixeira orienta que todos os pacientes com osteoartrose devem fortalecer os músculos e alongar sempre antes e depois dos exercícios.






Dr. Aramis Pedro Teixeira - Neurocirurgião
Ine - Instituto de Neurocirurgia Evoluir
(45) 3025-3585 / (45) 3029-3460 - Foz do Iguaçu

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Convivendo com a Osteoporose


O consumo de alimentos ricos em cálcio, como o leite e seus derivados, assim como exercícios físicos e a exposição à luz solar, são muito importantes para formar e manter ossos saudáveis. Mas além disso, há alguns cuidados importantes para manter a segurança do paciente portador da Osteoporose.

Obstáculos como móveis, tapetes soltos e pouca iluminação, podem causar quedas e, consequentemente, provocar fraturas em pessoas com osteoporose. Algumas dicas para deixar a casa mais segura são:

- Na cama, é importante que a pessoa sentada consiga apoiar os pés no chão, evitando assim, a hipotensão postural (tonturas)
- A mesa de cabeceira deve ser 10 centímetros mais alta do que a cama e com bordas arredondadas. Se possível, fixe-a no chão ou na parede, evitando que se desloque caso a pessoa precise se apoiar nela
- Sempre que possível, instale os interruptores de luz próximos à cama ou adote um abajur
- O corrimão das escadas deve ter uma altura média de 80 cm e os degraus das escadas devem ser marcados com fitas antiderrapantes.
- Usar sapatos com sola antideslizante.
- Evitar pisos muito encerados ou molhados e tapetes soltos. Prefira pisos antiderrapantes para áreas molhadas (como box e corredores) e tapetes de borracha.

                Além das medidas de segurança para evitar acidentes e quedas com o paciente com Osteoporose, há também algumas outras dicas importantes para a saúde do mesmo:

- Adotar uma dieta rica em alimentos com cálcio é fundamental para o fortalecimento dos ossos, além de evitar carne vermelha, refrigerante, café e sal (promovem eliminação do cálcio pela urina).
- Exponha-se ao sol, pois os raios ultravioletas sobre a pele estimulam a produção de vitamina D, fundamental para a absorção do cálcio pelo organismo. Mas faça isto de forma moderada, basta 20 a 30 minutos de sol por dia, entre 6h e 11h.
- Não fume e evite o consumo de álcool.
- Mulheres que entraram na menopausa devem consultar um médico para começar um tratamento especial. A partir de 45 anos, devem ser submetidas a um teste de densitometria óssea.
- Fazer exame oftalmológico regularmente.
- Independente da idade, inicie um programa de exercícios (como caminhada ou musculação). Entre outras vantagens, isso ajuda a fortalecer os músculos, melhorar o equilíbrio e os reflexos, evitando, assim, as quedas e possíveis fraturas.


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A Prevenção da Osteoporose



A osteoporose é a doença óssea metabólica mais comum em pessoas de todas as partes do mundo. É definida como a diminuição da massa do osso, que o torna frágil e sujeito a fraturas após traumas mínimos. É considerada um grave problema de saúde pública, sendo uma das mais importantes doenças associadas com o envelhecimento. O envelhecimento populacional, uma tendência mundial, fez com que doenças características da população idosa tenham uma maior prevalência, o que predispõem ao aparecimento de maior número de pessoas incapacitadas se não tratadas adequadamente. Tentar prevenir as complicações causadas pela Osteoporose é possível desde que se adotem algumas medidas específicas. Para que possamos entender melhor como prevenir esta patologia, é importante que saibamos como se dá o processo de remodelação óssea(reabsorção/reparação do osso). Este processo passa por três períodos distintos durante a vida de qualquer indivíduo, estes períodos são:

            Primeira fase/Do nascimento a maioridade - Nesta fase que se inicia no nascimento e que persiste até por volta dos 20-22 anos, a formação óssea é muito maior do que a reabsorção que, praticamente, inexiste. É nesta fase que criança ganha estatura, fortifica seu esqueleto e adquire o máximo de massa óssea possível. O ganho de massa óssea nesta fase é diretamente proporcional ao tipo de alimentação consumida, pratica de esportes, hábitos de vida e inexistência de doenças.

            Segunda fase/Da maioridade ao envelhecimento - Nesta fase que, se inicia por volta dos 20-22 anos e que persiste na mulher até a menopausa, como regra temos a fase de neo formação óssea igual a fase de reabsorção óssea, o que caracterizará uma massa óssea constante. Na ausência de doença e de outros fatores nocivos como má alimentação, fumo, excesso de ingestão alcoólica, sedentarismo, uso de fórmulas para o emagrecimento, entre outros, o "Pico de massa Óssea" (quantidade máxima de massa óssea acumulada) será mantido.

            Terceira fase/Envelhecimento - Nesta fase, que se inicia na mulher por volta da menopausa em virtude, principalmente, das quedas hormonais existentes, os fenômenos de reabsorção superam os de reparação. Com isso, ocorre uma perda paulatina de massa óssea que pode evoluir para uma Osteopenia (forma leve) ou Osteoporose (forma mais grave). Indivíduos portadores de Osteoporose  tem maior número de fraturas que, dependendo do sítio de acometimento e tempo de hospitalização, pode acarretar incapacidade ou mesmo levar ao óbito.

            Por isso, é extremamente importante que a prevenção da osteoporose seja feita desde a primeira fase da vida, pois quanto maior o pico de massa óssea obtido, mais irá demorar para que ao envelhecer, a sua redução atinja níveis de doença(Osteopenia/Osteoporose).

            Hábitos de vida saudáveis, alimentação rica em cálcio, atividade esportiva constante, exposição ao sol são as maneiras corretas de melhorar o pico de massa óssea. Nesta fase, a prevenção é fruto, entre outras variáveis, da correta orientação dos pais.
Uma vez iniciado o processo de envelhecimento a prevenção da Osteoporose torna-se imprescindível, podendo ser feita de duas maneiras diferentes.
A primeira, passa pela adoção de hábitos de vida saudáveis (baixa ingestão de café e álcool, atividade física regular, não uso de fórmulas para emagrecimento) e a segunda, pelo uso de medicações específicas para diminuir a atividade Osteoclástica.
É nesta segunda fase que o uso dos Bifosfonatos associados à suplementação de cálcio e vitamina D são de importantes.



Segue abaixo algumas dicas que todos podem fazer para ter uma dieta rica em cálcio, que é o principal componente do osso e a vitamina D, que auxilia na absorção do cálcio pelo nosso organismo:
- Tome leite e seus derivados, preferindo sempre o leite desnatado, o iogurte e os queijos brancos.
- Coma sementes de gergelin e de girassol.
- Feijão, lentilha e outros alimentos que venham da soja, também são ótima fonte de cálcio.
- Sardinha e salmão, cogumelo, gema de ovo e fígado são boas fontes de vitamina D.
- Vegetais como alface, repolho, couve, couve-flor, agrião, rúcula e o espinafre também são ricos em cálcio
- Nas frutas, as maiores quantidades de cálcio são encontradas nas ameixas e nos figos.
- Deve-se evitar refrigerantes e tomar cuidado com o açúcar refinado e a carne vermelha, pois todos estes são ricos em ácido fosfórico e aumentam a eliminação de cálcio pela urina.
- Evitar também as bebidas alcoólicas,  além de eliminar também o cálcio pela urina, elas ainda destroem as células ósseas.

*Obs.: Para quem não gosta do leite, é importante saber que o suco de laranja natural tem a mesma quantidade de cálcio .

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Osteoporose


        É uma doença que acomete os ossos de forma progressiva, que provoca descalcificação e diminuição de sua resistência, tornando-os frágeis, porosos, ocos e mais sujeitos a fraturas. A osteoporose diminui a massa óssea a tal ponto que os ossos passam a fraturar-se espontaneamente em atividades comuns do cotidiano, como, por exemplo, o ato de sentar-se com rapidez, que pode levar a uma fratura no quadril. 


        Ocorre principalmente durante o processo normal de envelhecimento, atingindo com mais freqüência às mulheres (3 em cada 4 doentes são do sexo feminino), uma vez que estas possuem ossos menos maciços em relação aos homens. Outro fator que torna as mulheres mais suscetíveis a esta doença, é a queda bastante acentuada de estrogênio que elas sofrem durante a menopausa. "Esta queda faz com que os ossos passem a absorver menos cálcio do que o necessário para seu equilíbrio e manutenção, tornando-os porosos, e, conseqüentemente, extremamente frágeis", diz o neurocirurgião Dr. Aramis Pedro Teixeira.


        A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas antes que aconteça algo de maior gravidade, como uma fratura, que costuma ser espontânea, isto é, não relacionada à trauma. Se não forem feitos exames diagnósticos preventivos a osteoporose pode passar despercebida, até que tenha gravidade maior. 

Existem vários fatores de risco para a doença, entre eles estão:
- Genéticos: Raça branca ou asiática, histórico familiar de osteoporose, baixa estatura, massa muscular pouco desenvolvida;
- Estilo de Vida: Baixa ingestão de cálcio, sedentarismo, pouca atividade física,  pouca exposição solar, tabagismo, alcoolismo, dieta vegetariana;
- Ginecológicos: Menopausa precoce sem reposição hormonal, primeira menstruação tardia, retirada cirúrgica de ovários sem reposição hormonal, diminuição da função ovariana por insuficiência vascular.

A osteoporose é uma doença silenciosa e só costuma causar sintomas em fases avançadas. Os principais são as dores ósseas, principalmente dor lombar, fraturas e redução da estatura por colapsos das vértebras da coluna. Os locais mais comuns de fratura são:
- Coluna: A osteoporose, alem de causar frequentes fraturas nas vértebras da coluna, provoca o encolhimento destas vértebras, ossos doloridos e costas corcundas. A chamada ''corcunda de viúva'' é uma deformação comum e pode até levar à diminuição de tamanho do doente.

- Pulso: Por ser um ponto de apoio, é uma área na qual as fraturas acontecem 
normalmente. Os ossos sensíveis têm pouca estrutura para sustentar o peso do corpo quando cai.
- Fêmur: Também muito comum entre os que desenvolvem a doença. É frequente tanto em homens quanto em mulheres, principalmente depois dos 65 anos. A recuperação costuma ser lenta.
- Quadril: Outro ponto fraco entre os que têm a doença. As fraturas de bacia são difíceis de cicatrizar e podem levar à invalidez. Estudos mostram que em torno de 50% dos que fraturam o quadril não conseguem mais andar sozinhos.



Os sintomas são secundários às fraturas. Quando ocorre nas vértebras, a dor pode ser de dois tipos. Uma é aguda, localizada, intensa, mantendo a paciente imobilizada e relacionada com fratura em andamento. Em situações de dor aguda, inicialmente ela pode ser mal localizada, espasmódica e com irradiação anterior ou para bacia e membros inferiores. A fratura vertebral pode ainda não ser observável com precisão em exame radiológico, dificultando o diagnóstico. Quando a deformidade vertebral residual é grave, pode permanecer sintomatologia dolorosa de intensidade variável ou esta aparecer tardiamente.

Também ocorrendo com freqüência, a dor pode ser de longa duração e localizada mais difusamente. Nestes casos, ocorreram microfraturas que levam a deformidades vertebrais e anormalidades posturais e conseqüentes complicações degenerativas em articulações e sobrecarga em músculos, tendões e ligamentos. Nova fratura vertebral é comum, repetindo-se o quadro clínico. Nas pacientes com dor persistente, esta se localiza na região  das nádegas e coxas. Nesta etapa da evolução da doença as pacientes já terão sua altura diminuída em alguns centímetros às custas das compressões dos corpos vertebrais e do achatamento das vértebras dorsais.

O dorso curvo (cifose dorsal) é característico e escoliose (curvatura lateral) lombar e dorsal aparecem com grande freqüência. Com a progressão da cifose dorsal há projeção para baixo das costelas e conseqüente aproximação à bacia, provocando dor local que pode ser bastante incômoda. Nos casos mais avançados, a inclinação anterior da bacia leva a alongamento exagerado da musculatura posterior de membros inferiores e contratura em flexão dos quadris e consequentes distúrbios para caminhar.

          De acordo com o neurocirurgião Dr. Aramis, diagnóstico precoce faz-se através de uma densitometria óssea ou cintilografia, que permite identificar as categorias e avaliar o risco de fratura. Podem ser feitas, também, avaliações laboratoriais e radiogramas da coluna dorsal e lombar de perfil, para rastrear a presença de deformação vertebral, entre outros exames.

        O tratamento desta patologia se dá na maioria das vezes com terapia hormonal, cálcio, vitamina D, exercícios apropriados, exposição ao sol e, em alguns casos  implica em uso contínuo de medicações, como por exemplo alendronato de sódio, suplementos de cálcio e de vitamina D e o uso de orteses. É importante também que sejam adotadas medidas simples para se evitar quedas, tais como retirar tapetes, disposição adequada de móveis, evitar o uso indiscriminado de tranqüilizantes. Não se deve proibir o portador de osteoporose de andar, caminhar, tomar sol pelo medo da fratura, mas adequar sua vida e reduzir seus riscos.


           Segundo Dr. Aramis Pedro Teixeira, a osteoporose pode ter sua evolução retardada por medidas preventivas, portanto além do acompanhamento médico e da exposição ao sol, algumas alternativas para se evitar e prevenir a osteoporose são:
- Ingestão adequada de cálcio: Dieta com alimentos ricos em cálcio como leite e derivados, verduras como brócolis e repolho, além de camarão, salmão e ostra;
- Reposicao hormonal nas mulheres: A reposição hormonal do estrógeno em mulheres na menopausa consegue evitar a osteoporose
- Atividades físicas: A introdução de exercícios físicos adequados, especialmente atividades aeróbicas e também aquelas que incluam levantamento de peso (sempre com acompanhamento de um educador físico) são as mais recomendadas.




Dr. Aramis Pedro Teixeira - Neurocirurgião
Ine - Instituto de Neurocirurgia Evoluir
(45) 3025-3585 / (45) 3029-3460 - Foz do Iguaçu



quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Dúvidas freqüentes sobre Osteoporose


1 - Quem não gosta de leite apresenta maior risco de ter osteoporose?
Não. Uma das dicas de prevenção da doença é preocupar-se com a ingestão mínima de cálcio necessário para manter os ossos saudáveis. São recomendados 1.200 mg por dia. Para quem não gosta de leite, é só recorrer a outros laticínios, como queijos e iogurtes.

2 - A osteoporose não tem cura e não pode ser tratada?
A osteoporose não tem cura, mas o tratamento deve ser feito por médicos especializados, capazes de dar orientações sobre medicamentos que estabilizam o quadro da doença ou melhoram o problema. Isso significa evitar maiores complicações e reduzir significantemente o risco de fraturas.

3 - Quem tem osteoporose não pode praticar atividade física?
Pelo contrário. Praticar exercícios físicos é essencial. Nesse caso, os exercícios devem ter impacto mínimo. Atividades aquáticas seriam o mais recomendado.

4 - Devo me preocupar com a osteoporose somente após a menopausa?
Não. O nível de cálcio no organismo, de fato, é menor após a menopausa, mas a sua incidência não está ligada a essa fase. Sua prevenção deve ser uma preocupação ao longo da vida. Para isso, basta seguir algumas ações cotidianas, como expor-se à luz do sol durante 15 minutos todos os dias. O sol deve incidir sobre a face, tronco superior e braços. Atenção: deve-se evitar o sol após 10 horas da manhã. Vale ainda ingerir vitamina D diariamente. Verduras e laticínios fortificados fornecem este tipo de vitamina.

5 - A osteoporose é uma doença feminina?
Mulheres têm mais osteoporose que os homens, pois têm os ossos mais finos e mais leves e apresentam perda importante durante a menopausa. No entanto, homens com deficiência alimentar de cálcio e vitaminas estão sujeitos à doença. Inclusive, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) criou o Programa de Osteoporose Masculina (PROMA), desde março de 2004, com o objetivo de quantificar as vítimas da doença para tratá-las e estudar a sua incidência.

6 - A osteoporose é hereditária?
Não significa dizer que, se o histórico familiar é favorável à osteoporose, todos vão desenvolver a doença. Mas é importante, sim, identificar se os pais são portadores de osteoporose. Em caso positivo, deve-se manter cuidado redobrado na prevenção da doença. Explicação: a vitamina D é mais eficiente na absorção do cálcio em algumas pessoas do que em outras e essa característica é hereditária. Descendentes de pessoas que têm menor capacidade de absorção do cálcio no organismo e que apresentaram osteoporose quando adultas têm maior probabilidade de apresentar a doença. Mas nada que bons hábitos alimentares não possam mudar este quadro.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Hanseníase

              A hanseníase é uma doença infecciosa, causada pelo bacilo de Hansen, que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, o Mycobacterium leprae. Acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo, mas pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. É considerada a doença mais antiga do mundo, sendo que até 1976, era conhecida como Lepra, morfeia ou mal de Lázaro. Esta doença tem um passado triste, de discriminação e isolamento dos doentes, que hoje já não existe e nem é necessário, pois a doença pode ser tratada e curada.


Antigamente as pessoas que contraíam a Hanseníase, ou Lepra, eram discriminadas e isoladas
              É uma patologia contagiosa se o portador não estiver sendo tratado. A transmissão se dá de pessoas doentes sem tratamento para outras, por germes eliminados pelas gotículas da fala e que são inalados por outras pessoas penetrando o organismo pela mucosa do nariz, mas podem também estar dispersas no ar. É transmitida ainda pelo contato direto com a pele através de feridas ou secreções dos doentes, sendo necessário um contato íntimo e prolongado para a contaminação, como a convivência de familiares na mesma residência. Mas, como a maioria das pessoas é resistente ao bacilo, somente em torno de 5% das pessoas que entram em contato com estes bacilos, adoecem. Segundo o neurocirurgião Dr. Aramis Pedro Teixeira, nem todas as formas de Hanseníase são contagiosas. Após os primeiros dias de tratamento, aproximadamente 95% dos parasitas são eliminados, e 15 dias depois já não há risco de contágio, já sendo incapaz de transmiti-los a outras pessoas.

              Pode atingir crianças, adultos e idosos de todas as classes sociais, desde que tenham um contato intenso e prolongado com bacilo. Entre os fatores predisponentes estão o baixo nível sócio-econômico, a desnutrição e a superpopulação doméstica. Devido a isso, a doença ainda tem grande incidência nos países subdesenvolvidos. No Brasil, esta doença ainda é endêmica, tendo maior incidência nas regiões Norte e Nordeste. Mais de 700 mil novos casos são diagnosticados no país.

              Sua evolução é crônica, o perídodo de incubação em geral, varia entre dois e cinco anos. As primeiras manifestações consistem em:
- Aparecimento de manchas esbranquiçadas ou avermelhadas em qualquer região do corpo, geralmente dormentes, com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato;
- Sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades;
- Áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor;
- Caroços e placas em qualquer local do corpo;
- Diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos). 

Manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, com dormência no local, são os principais sintomas da Hanseníase  
              Com o avanço da doença, o número de manchas ou o tamanho das já existentes aumenta e os nervos ficam comprometidos, podendo causar deformações em regiões, como nariz e dedos, e impedir determinados movimentos, como abrir e fechar as mãos. Além disso, pode permitir que determinados acidentes ocorram em razão da falta de sensibilidade nessas regiões. 

              "Toda a mancha esbranquiçada ou avermelhada associada à falta de sensibilidade no local, deve ser investigada, assim como as polineuropatias (afecções que comprometem os nervos periféricos levando à dor e alterações de sensibilidade associados ou não à diminuição de forca nos pés e nas pernas)", alerta Dr. Aramis.

              O portador da hanseníase apresenta sinais e sintomas dermatológicos e neurológicos que facilitam o diagnóstico, onde é feito uma avaliação clínica com aplicação de testes de sensibilidade, força motora e palpação dos nervos dos braços, pernas e olhos. Exames laboratoriais, como biópsia, baciloscopia no lóbulo da orelha ou cotovelos e eletroneuromiografia (estudo dos nervos periféricos) também podem ser necessários. 

              A hanseníase tem cura e seu tratamento é gratuito feito em unidades de saude, realizado através de medicamentos via oral, constituído pela associação de dois ou três remédios e é denominado poliquimioterapia. A cura é mais fácil e rápida quanto mais precoce for o diagnóstico.
Os medicamentos para Hanseníase são gratuitos em unidades de saúde  
              Ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, não é necessário o isolamento do paciente, sendo que a presença de amigos e familiares é fundamental para sua cura. A duração do tratamento varia de acordo com a forma da doença: 6 meses para as formas mais brandas e 12 meses para as formas mais graves. Durante este tempo, o hanseniano pode desenvolver suas atividades normais, sem restrições. Em casos de recidivas, novas opcoes de tratamento sao acrescentadas.

              A melhor prevenção é o diagnóstico no início dos sinais e sintomas, antes que as incapacidades ocorram. A hanseníase pode causar inflamação e engrossamento dos nervos (neurites) que, se não diagnosticadas e tratadas de imediato, levam a deformidades, principalmente na face, mãos e pés. Deve-se observar tambem a ausência de cílios e sobrancelhas que são sinais de grande evidência da patologia, diz o neurocirurgião.


              É importante que se divulgue junto à população os sinais e sintomas da doença e a existência de tratamento e cura, através de todos os meios de comunicação. A prevenção baseia-se no exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que compartilham o mesmo domicílio com o portador da doença.


              Na dúvida, busque auxílio médico, pois é a melhor forma de evitar a evolução da doença e também a contaminação de outras pessoas.





Dr. Aramis Pedro Teixeira - Neurocirurgião
Ine - Instituto de Neurocirurgia Evoluir
(45) 3025-3585 / (45) 3029-3460 - Foz do Iguaçu

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Diabetes


O Diabetes afeta cerca de 12% da população no Brasil. É um distúrbio do metabolismo caracterizado por um aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue (hiperglicemia), decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. "O maior problema é que milhões de pessoas tem a doença e não sabem, e ao contrário do que muitos pensam, esta não é uma patologia simples, pois se não for tratada e controlada, pode gerar sérias conseqüências e lesões graves potencialmente fatais, como o infarto do miocárdio, derrame cerebral, cegueira, impotência, nefropatia, úlcera nas pernas, amputações de membros e até a morte", diz o Neurocirurgião Dr. Aramis Pedro Teixeira.

Aparece quando o corpo não consegue fabricar a insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, em quantidade suficiente. A insulina controla a quantidade de açúcar disponível no sangue, para ser usado como fonte de energia, e permite que o excesso de açúcar seja usado pelas células. Quando há falha na produção da insulina, é gerado um alto nível de glicose no sangue, ocasionando a doença.

A diabetes pode agravar várias outras doenças. Aumenta, por exemplo, em até cinco vezes o risco de infarto, porque o excesso de açúcar estreita os vasos sanguíneos, diminuindo o fluxo de sangue. Também pode ocasionar derrame, hipertensão, impotência, problemas pulmonares e insuficiência renal.

             O Diabetes pode causar os seguintes sintomas:
Vontade de urinar diversas vezes (poliúria); 
Sede constante (polidipsia); 
Fome freqüente (polifagia);
- Perda de peso;
- Visão emba
çada;
- Cetoacidose diabética; - Fraqueza e fadiga;
- Fadiga;
- Mudanças de humor;
- Náusea e vômito;
- Infecções cutâneas;
- Infecções vaginais;
- Infecções no prepúcio (pele que cobre o pênis) em homens não circuncisados;
- Sensações não comuns de formigamento, queimação e coceira na pele, normalmente nas mãos e pés.



             Alguns fatores de risco para a doença são:
- Idade acima de 45 anos;
- Obesidade;
- História familiar de diabetes em parentes de 1° grau;
- Diabetes gestacional ou macrossomia prévia;
- Hipertensão arterial sistêmica;
- Colesterol HDL abaixo de 35mg/dl e/ou triglicerídeos acima de 250mg/dl;
- Alterações prévias da regulação da glicose;
- Indivíduos membros de populações de risco (negros, hispânicos, escandinavos e indígenas).

              As complicações causadas pela diabetes se dão basicamente pelo excesso de glicose no sangue, entre elas estao
- Cetoacidose diabética;
- Cegueira;
- Coma;
- Hiperglicemia;
- Amputação;
- Placas de gordura no sangue (Aterosclerose);
- Danos na retina;
- Hipertensão;
- Tromboses e coágulos na corrente sanguínea;
- Problemas dermatológicos;
- Problemas renais como insuficiência renal progressiva (atinge 50% dos pacientes) ;
- Problemas neurológicos, principalmente no pé,como perdade sensibilidade e propriocepção;
- Problemas metabólicos generalizados;
- Fator de risco à periodontite.


             Existem vários tipos de diabetes, os mais comuns são diabetes Tipo 1, Tipo 2 e Gestacional. Cada um ocorre por um defeito diferente, mas os 3 causam níveis elevados de glicose.

- Diabetes tipo 1: Pode começar em qualquer idade, mas é mais comum em crianças  ou jovens com até 35 anos. Aparece quando o sistema imunológico destrói as células betaprodutoras de insulina do pâncreas, que por conseqüência deixa de produzir insulina. Isto significa que o corpo não pode mais usar a glicose como energia e por este motivo, pessoas com diabetes tipo 1 precisam de injeções de insulina todos os dias para se manterem vivas. Devido à hiperglicemia,  os tecidos e células que não dependem da insulina acabam por acumular glicose, o que pode acarretar o desenvolvimento de complicações crônicas da doença. Este tipo de reação também ocorre em outras doenças, como esclerose múltipla, Lupus e doenças da tireóide.

Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem esta patologia. Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença. Mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Pode ser algo próprio do organismo, ou uma causa externa, que desencadeie uma reação no sistema imunológico.

         - Diabetes Mellitus Tipo 2: É o tipo mais comum, ocorre em cerca de 90% dos pacientes de diabetes, geralmente em adultos após os 35 anos de idade. É um distúrbio metabólico caracterizado por qualquer tipo de resistência à insulina que acontecer no metabolismo da pessoa, como é o caso dos grandes obesos (hiperinsulinêmicos).

         O pâncreas não deixa de produzir insulina, o problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões, suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sangüínea. É o chamado diabetes insulino-não-dependente. O início dos sintomas é lento e podem passar despercebidos por longos períodos, dificultando seu diagnóstico e o tratamento.



Sabe-se que o diabetes tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos e podem diminuir drasticamente a taxa glicêmica após o emagrecimento.

Para fazer o diagnóstico da doença o médico questionará sobre os sintomas e fará um exame sobre a taxa de açúcar no sangue podendo também verificar essa taxa em uma amostra da urina.

         O paciente portador Diabetes Mellitus 2, geralmente é tratado à base de dietas, principalmente com a retirada de grande parte dos carboidratos ingeridos, com exercício físico, medicamentos orais, e a combinação destes com a insulina. Diabetes Mellitus 2 não tem cura, resta apenas a administração, esta, que deve ser feita de forma rigorosa ou poderá trazer danos sérios ao paciente.

         - Diabetes gestacional: é definida como um grau de intolerância a glicose que foi primeiramente reconhecida durante a gravidez. A mulher fica com uma quantidade maior que o normal de açúcar no sangue. É uma condição que quase sempre se normaliza sozinha depois que o bebê nasce, ao contrário de outros tipos de diabete, que duram a vida inteira.
         O corpo da mulher grávida precisa produzir insulina extra para atender às necessidades do bebê, principalmente da metade da gravidez em diante. Quando o corpo não é capaz de fazer isso, acontece a diabete gestacional. Nesse período o nível de açúcar no sangue também pode subir devido às mudanças hormonais da gravidez, que interferem na ação da insulina.
         O reconhecimento da doença logo no início da gestação desempenha um papel de extrema importância, pois é possível evitar a morbimortalidade obstétrica e complicações fetais, tais como: macrossomia (fetos muito grandes), imaturidade pulmonar fetal, hipoglicemia (taxa de glicose no sangue abaixo do normal), hipocalcemia (baixo teor de cálcio no sangue) e hiperbilirrubinemia (levando a icterícia) nos recém-nascidos, além de má formação do bebê.

          Se diagnosticada cedo, a mamãe pode ter uma gravidez tranqüila, recebendo orientação especializada e tratamento adequado. Além de realizar uma dieta rigorosa própria para diabéticos para controlar os níveis glicêmicos deve-se monitorá-los constantemente para que permaneçam dentro do padrão de normalidade. É importante para a mãe realizar algumas atividades físicas com exercícios próprios para gestantes, como hidroginástica, caminhada e aulas de alongamento e relaxamento corporal, porém sempre respeitando seus limites.

         Algumas dicas do Dr. Aramis Pedro Teixeira para os pacientes que possuem qualquer tipo de diabetes são:
- Seguir a dieta proposta;
- Comer em horários regulares;
- Comer devagar e mastigar bem os alimentos;
- Ao viajar, pedir refeições para diabéticos (em hotéis e aviões por exemplo);
- Beber água ou outras bebidas não-calóricas quando sentir vontade de comer entre as refeições;
- Limitar a quantidade de bebidas alcoólicas;
- Não confundir light com diet.
"Atenção: Produtos light = com baixa caloria, porém pode conter açúcar; Produtos Diet = ausência de determinada substância (deve-se conferir se esta substância refere-se ao açúcar)", alerta Dr. Aramis.


É importante que pacientes com história familiar de Diabetes sejam orientados a: 
- Manter peso normal;
- praticar atividade física regular;
- não fumar;
- controlar a pressão arterial;
- evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas (cortisona, diuréticos tiazídicos).
Essas medidas, sendo adotadas precocemente, podem resultar no não aparecimento do DM em pessoa geneticamente predisposta, ou levar a um retardo importante no seu aparecimento e na severidade de suas complicações.

É importante fazer exames para medir a glicose a partir dos 35 anos. Quanto mais cedo for descoberta, menor o risco de complicações. É preciso controlar o peso e praticar atividades físicas regularmente (três vezes por semana), pois estas atividades físicas ajudam a manter os níveis de açúcar no sangue sob controle.


Dr. Aramis Pedro Teixeira - Neurocirurgião
Ine - Instituto de Neurocirurgia Evoluir
(45) 3025-3585 / (45) 3029-3460 - Foz do Iguaçu